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Dois ônibus são assaltados em uma noite; sindicato denuncia 16 assaltos em 2020

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Dois ônibus do sistema de transporte coletivo de Teresina foram assaltados na noite dessa sexta-feira (7).  O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviário (Sintetro) denuncia que de 1º de janeiro a 7 de fevereiro deste ano  16 assaltos ocorreram dentro de ônibus na capital. 

Para o Sintetro o número é considerado "altíssimo" e é reflexo da "vulnerabilidade". Os dois assaltos que aconteceram ontem foi em ônibus das linhas  Universidade Circular 2 e 152 (Jacinta Andrade). O motorista conta que dois assaltantes entraram no ônibus próximo à Avenida Maranhão e levou pertences de passageiros.

O motorista, que prefere não se identificar, contou ao Cidadeverde.com que os assaltantes humilharam os passageiros e ameaçavam a todo momento atirar.  "Entraram humilhando as as pessoas, pedindo celular, carteira. Ele me pediram celular e eu disse que não tinha. Eles ficaram me ameaçando de morte. Levaram o dinheiro do caixa do cobrador,  celulares do passageiros, mochila. Eles xingavam e ameaçavam matar", conta.

Há duas semanas este mesmo motorista estava dirigindo outro ônibus que foi assaltado. Ele conta que os assaltantes fingiram ser passageiros e chegaram a pagar a tarifa.

"É bom as pessoas ficarem espertas, pois eles ficam nas paradas já de olho em quem tem celular, coisas de valor. Quando todo mundo entra no ônibus eles já sabem que todo mundo tem celular e assaltam", acrescenta.
O motorista afirma que diante desta insegurança o sentimento é de frustração. "Às vezes dá vontade é de desistir", lamenta. 

Na  última quinta-feira (6) outra dupla entrou no ônibus da linha 108 (Parque Brasil) após pedir parada próximo ao um shopping. Na Ponte Juscelino Kubistchek o assalto foi anunciado e foi feito um "arrastão".

Para Fernando Feijão, presidente do Sintetro, a situação é "assustadora". A entidade afirma que  a tendência é o número de assalto crescer por conta da proximidade das festas carnavalescas.

"É triste. A gente fica impotente porque a polícia tem dados que não batem com a realidade da situação. É uma situação de medo para passageiros, motoristas e cobradores, principalmente agora nesse período  de pré- carnaval", lamenta o presidente do Sintetro.

 

 

 

 

Izabella Pimentel
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