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Contra defasagem salarial, trabalhadores da saúde marcam atos no Karnak e na Alepi

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Fotos: Ascom Sindesp

Em assembleia realizada na manhã desta terça-feira (3), membros do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde Pública do Piauí (Sindespi) decidiram pela realização de ato coletivo no Palácio de Karnak para forçar negociações com o governo na próxima quarta-feira (11). Uma das motivações principais é a defasagem salarial.

Ao todo, são mais de 5.778 afiliados em todo o estado, abrangendo 12 categorias diferentes. A assembleia também votou pela realização de uma visita à Assembleia Legislativa no dia na quinta-feira (5), para apresentar protesto contra a atual proposta de auxílio alimentação, que na visão do Sindespi é uma solução ilusória.

A reunião teve como objetivo a ampla mobilização conjunta e coordenada de todas as categorias ocupacionais e administrativas, bem como a discussão e esclarecimento de questões relativas, sobretudo, ao reajuste salarial previsto pelo plano de carreiras e salários, reenquadramento e o impacto das reformas administrativas e previdenciárias. 

Geane Sousa, presidente do sindicato, avalia como positiva a participação ativa de trabalhadores de diferentes categorias da saúde na assembleia e enxerga que há uma sintonia para atividades coletivas mais incisivas como paralisações ou mesmo uma greve das categorias. "Servidores do interior do município também estarão sendo mobilizados e com certeza virão para o ato do dia 11 no Karnak", afirma.



Um dos maiores desconfortos manifestados é o descumprimento da lei 6.201 - que regulamenta o plano de carreiras e salário dos profissionais da saúde do estado. Homologada há quase oito anos, ela ainda não efetivou nenhum reajuste inflacionário. Um dos apelos é que grupos de estudos sejam criados no interior da equipe administrativa do governo para compatibilizar a dignidade dos profissionais da saúde com a Lei de Responsabilidade Fiscal.

A técnica em enfermagem Maria Luiza, de Campo Maior, avalia a postura do sindicato como necessária. "Temos muitas interrogações sobre as reformas, sobre reenquadramento, não sabemos como vai se dar, por exemplo, quem antes se apontava pelo estatuto e agora teve aderência ao FGTS - teremos perdas?", pontua. "A gente salva vidas, mas não tem como cuidar com dignidade da nossa própria vida. A saúde piauiense é doente", lamenta Maria.

A presidente do Sindicato dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais, Auriane Coutinho, também vê que a situação de precariedade enfraquece as categorias. "No interior e na capital a realidade é o atraso salarial, o déficit de profissionais, a sobrecarga de trabalho, a falta de materiais básicos nas unidades e direitos não reconhecidos", denuncia a fisioterapeuta.

Da Redação
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