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Começa júri do caso Salve Rainha; famílias de vítimas e acusado acompanham juntos o julgamento

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Atualizada às 10h36

O Tribunal Popular do Júri de Moaci Moura Júnior, acusado de causar o acidente de carro que matou os irmãos Júnior Araújo e Bruno Queiroz e feriu gravemente o jornalista Jader Damasceno, teve início às 8h30 com sorteio dos jurados.

Cinco mulheres e dois homens compõem o conselho de sentença. 

O julgamento acontece no  plenário do Tribunal do Júri, que está lotado. Chama a atenção o fato da mãe do acusado estar ao lado do pai dos irmãos Júnior e Bruno, bem com da mãe de Jader, que é a primeira testemunha a ser ouvida.

O réu Moaci acompanha o julgamento e não esboça nenhuma reação.

Fotos: Roberta Aline/Cidadeverde.com 

Sobrevivente pede que "seja feita minimamente Justiça"

O depoimento de Jader Damasceno, o único sobrevivente do acidente,  durou cerca de 1 hora e foi marcado por emoção. De início, o jornalista relembrou o trabalho com os amigos no coletivo Salve Rainha e, posteriormente, relatou as dores física e psicológica, se emocionando vários momentos ao relembrar do acidente e da mortes do amigos.

Ele conta que devido às sequelas no rosto, no olho e na perna se tornou um "potencial suicida" e pede que "seja feita minimamente Justiça"

"Caminhar, andar, correr, dancar. Perder tudo tudo isso foi e é muito difícil pra mim. Já pensei em dar um ponto final nisso várias vezes, inclusive, ontem antes de vir pra cá.  Peço que seja feita minimamente Justiça  [...] para que outras vidas não sejam interrompidas [...] por uma pessoa que acreditava que podia voar",  disse Damasceno.

O jornalista também comentou sobre uma ação na Justiça em que pede reparação dos danos. De 2016 para cá, ele conta que recebeu da família da vítima 12 parcelas de pouco mais de R$  1 mil pelo tempo em que ficou sem trabalhar devido às sequelas. 

"Não é por vingança, mas porque merece", disse Damasceno sobre o processo. 

Após o depoimento, Jader saiu bastante abalado e teve uma crise de choro, tendo que ser amparado.

Relembre o caso

A colisão que matou Júnior Araújo e seu irmão Bruno Queiroz  aconteceu no dia 26 de junho de 2016, quando os dois e Jader Damasceno deixavam o Parque da Cidadania, no Centro de Teresina. O Fusca em que os três estavam foi atingido violentamente pelo Corolla dirigido por Moaci na Avenida Miguel Rosa, na zona Norte. Na época as investigações apontaram que o  motorista do Corola, Moaci, invadiu o sinal vermelho a aproximadamente 100 Km/h.  

O caso causou comoção na cidade. Junior Araújo era produtor cultural e idealizador do coletivo Salve Rainha, que realizou intervenções e eventos culturais em Teresina. Laudo pericial logo após acidente confirmou que Moaci estava sob efeito de bebida alcoólica.

 

 

Flash Graciane Sousa
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