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Após dois meses de queda, produção industrial no Brasil cresce em janeiro, diz IBGE

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Foto: José Paulo Lacerda / CNI

Após dois meses de queda, a produção industrial brasileira cresceu 0,9% em janeiro na comparação com o mês anterior. No acumulado de 12 meses, porém, a indústria mantém uma queda de 1%, informou nesta terça (10) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Na comparação com janeiro de 2019, a produção industrial registrou queda de 0,9%, disse o instituto. Foi a terceira perda seguida nesta base de comparação. De acordo com o IBGE, a alta de 0,9% em janeiro é o melhor desempenho do setor para o mês de janeiro desde 2017 e teve grande influência da categoria de bens de capital, com alta de 12,6% em relação ao mês anterior.

O IBGE destaca que o crescimento foi disseminado em três das quatro grandes categorias econômicas: além de bens de capital, houve alta em bens intermediários (0,8%) e bens de consumo duráveis (3,7%). A produção de semiduráveis e não duráveis caiu 0,1%. Houve avanço em 17 das 26 atividades pesquisadas, com destaque para máquinas e equipamentos (11,5%), veículos automotores, reboques e carrocerias (4%), metalurgia (6,1%), produtos alimentícios (1,6%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,3%).

Também contribuíram positivamente produtos farmoquímicos e farmacêuticos (6,2%), artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (6,5%), outros produtos químicos (1,7%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e óticos (3%), entre outros. Do lado negativo, houve queda na produção de impressão e reprodução de gravações (-54,7%) e indústrias extrativas (-3,1%), impactadas ainda pela suspensão das atividades de extração de minério de ferro após o rompimento da barragem de mina da Vale em Brumadinho (MG), que deixou 270 mortos.

De acordo com o IBGE, o avanço de janeiro eliminou parte da redução de 2,4% alcançada nos dois últimos meses de 2019. A indústria brasileira ainda está 17,1% abaixo do recorde alcançado em maio de 2011, disse o instituto. O comportamento da produção industrial tem apresentado grande volatilidade. Em 2019, por exemplo, foram sete meses de queda e cinco de alta. Com os efeitos do surto de coronavírus, alguns setores industriais, como o de eletroeletrônicos, já reclamam de dificuldade para obter materiais e insumos para suas operações.

Fonte: FolhaPress

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