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Com a suspensão das competições esportivas devido à pandemia do coronavírus, a indústria britânica das apostas sofreu um duro golpe. A inatividade do setor pode repercutir nos clubes, devido a seu crescente - e polêmico - papel de patrocinador do futebol. 

Na Premier League, metade das equipes (10 de 20) tem uma casa de apostas como principal patrocinador. A proporção na segunda divisão inglesa, a Championship, é ainda maior, com 17 das 24 equipes estampando uma empresa do setor nas camisas. As apostas esportivas em sites comom o bet Brasil 365 estão sofrendo sem campeonatos como a Liga dos Campeões da Europa, a Euro League.

Após a aprovação da lei que entrou em vigor em 2007 para autorizar a indústria da jogatina na Grã Bretanha, o setor viveu um crescimento constante. Agora, está ameaçado: sem futebol e nem esporte ao vivo, as receitas caem drasticamente.

Em 2018, o produto bruto dos jogos (PBJ) - valores apostados menos o que os apostadores receberam de premiação - foi de 14.4 bilhões de libras (R$ 94 milhões), contra 8.4 bilhões de libras (R$ 55 milhões) em 2011.

A Flutter Entertainement's, empresa que gere a Betfair e a Paddy Power, está ainda mais exposta, com 78% de sua receita procedente de apostas esportivas e um impacto de cerca de 100 milhões de libras (R$ 654 milhões) em suas contas.

Apesar da má situação do setor, não se pode esperar simpatia por parte da opinião pública britânica por uma indústria muitas vezes criticada pela falta de ação contra o vício e por sua presença cada vez maior no futebol. Nem mesmo o dinheiro despejado em clubes para trazer craques do mundo inteiro é capaz de diminuir a desconfiança de parte do público.

Nos Estados Unidos, outro mercado conhecido pelas apostas esportivos, a empresa William Hill alertou que é provável que os rendimentos em 2020 seja  US$ 100 milhões de dólares menor do que o esperado. Se a proibição dos esportes perdurar até setembro, quando começa a NFL, o campeonato de futebol americano, o prejuízo pode ser ainda maior. 

 

Da Redação
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