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Festival de Berlim terá comédias e filmes sobre globalização

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O Festival de Berlim inicia hoje sua 59ª edição, sem chances de consagrar (no próximo dia 14/2) a vitória de um filme brasileiro, conforme ocorreu no ano passado, com "Tropa de Elite", de José Padilha.
 

Foto: AFP

O cineasta José Padilha venceu o Urso de Ouro de melhor filme no ano passado

 

Embora Padilha esteja de volta ao festival --desta vez com o documentário "Garapa", sobre a fome no Brasil--, não há títulos nacionais na competição principal, pelo Urso de Ouro. "Garapa" integra a seção paralela Panorama, para a qual também foi selecionado o thriller "Vingança", primeiro longa do gaúcho Paulo Pons, 34.

Os 18 concorrentes ao Urso de Ouro têm em comum a abordagem dos efeitos da globalização em vidas particulares, segundo Dieter Kosslick, diretor do festival.

A seleção reúne tanto realizadores veteranos e consagrados, caso do britânico Stephen Frears e do polonês Andrzej Wajda, como estreantes em longa-metragem, como o britânico Peter Strickland e o israelense Oren Moverman.

A representação sul-americana na competição fica por conta do argentino Adrián Biniez (com o título uruguaio "Gigante") e da peruana Claudia Llosa ("La Teta Asustada"). De Llosa, o público brasileiro assíduo em festivais conhece "Madeinusa" (2006), exibido no Rio, no Ceará e em Gramado.

Embora prometa densidade na temática, o festival não deixará de exibir produções de viés cômico e romântico, que, para Kosslick, são bons "escapes" do público em épocas de crise. Um bom número de estrelas da galáxia do cinema é esperado no festival: Judi Dench e Jude Law, que estão em "Rage"; Gael García Bernal e Michelle Williams ("Mammoth"); Renée Zellweger e Kevin Bacon ("My One and Only"); Michelle Pfeiffer ("Chéri"), Demi Moore ("Happy Tears") e Tommy Lee Jones ("In the Electric Mist").

A romena Anamaria Marinca, que ganhou fama mundial por sua atuação no vencedor da Palma de Ouro "4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias" comparece no elenco do alemão "Storm".

 
Efeitos da crise

Atento ao derretimento do sistema financeiro global, o Mercado do Filme, paralelo ao festival, promove um debate sobre os efeitos da crise sobre a produção cinematográfica.

Entre os "hors-concours" do festival estão "Singularidades de uma Rapariga Loira", do português Manoel de Oliveira, que completou cem anos enquanto o filmava, e "Eden à L'Ouest", do franco-grego Constantin Costa-Gavras, presidente do júri que premiou "Tropa de Elite". Neste ano, é a atriz britânica Tilda Swinton quem preside o grupo encarregado de definir os vencedores.

A abertura terá "Trama Internacional", de Tom Tykwer, em torno de trambiques financeiros. Para o encerramento, Kosslick promete "o retorno do bom-humor", com aventuras da "Pantera Cor-de-Rosa 2", na versão com Steve Martin.
 
 
 
Fonte: Folha Online
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