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Federação Francesa de Tênis admite realizar Roland Garros com portões fechados

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O presidente da Federação Francesa de Tênis (FFT, na sigla em francês) Bernard Giudicelli, admitiu a possibilidade de realizar Roland Garros com portões fechados. O tradicional torneio parisiense seria disputado entre maio e junho, mas teve seu início adiado para setembro em razão da pandemia do novo coronavírus.

"Organizar o torneio a portas fechadas permitiria a manutenção de uma parte do modelo econômico, como os direitos de transmissão e os patrocinadores", destacou Giudicelli, em entrevista ao Le Journal du Dimanche. Várias outras competições foram adiadas e a edição deste ano de Wimbledon, torneio mais tradicional de tênis do mundo, acabou sendo cancelada.

Roland Garros é um motor econômico para o tênis francês, uma vez que representa cerca de 80% da receita da FFT, segundo Le Journal du Dimanche. Os direitos de transmissão da televisão compõem mais de um terço do faturamento do evento, disputado anualmente em Paris desde 1891.

Giudicelli acrescentou que "a falta de visibilidade é genuína" ao hospedar um

torneio sem torcedores. No entanto ponderou que "não estamos descartando nenhuma opção". Ele afirmou, ainda, que alterar novamente a data da competição "não mudaria muito". Se as autoridades sanitárias permitirem, o campeonato será disputado de 20 de setembro a 4 de outubro.

A FFT está reembolsando todos os torcedores que compraram ingressos para assistir aos jogos do torneio em sua data original - de 24 de maio a 7 de junho.

O tradicional torneio de Roland Garros, único Grand Slam jogado em quadras de saibro, só não foi disputado em anos de Guerras Mundiais. O primeiro intervalo em que o evento acabou cancelado foi de 1915 a 1919. Depois, o mesmo se repetiu de 1940 até 1945. Um dos grandes nomes da história da competição é o brasileiro Gustavo Kuerten, vencedor de três edições.

"Muitas coisas podem acontecer ao nosso redor. Mantemos focados no que temos que fazer, que é oferecer um torneio nas melhores condições possíveis", concluiu Giudicelli.

Fonte: Estadão Conteúdo

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