A festa reúne dezenas de carros repletos de enfeites e muita animação, com homens fantasiados acompanhando os caminhões que levam as bandas de música tocando marchinhas. Eles fazem um percurso de 4,7 km, com concentração e saída na Assembléia Legislativa, na avenida Marechal Castelo Branco, à partir das 15h. Em seguida, os foliões partem para a avenida Frei Serafim, pela 24 de Janeiro seguindo até a Avenida Campos Sales. Na seqüência, a animação do corso segue para a rua Magalhães Filho, finalizando na Praça do Marquês, na zona Norte onde será montada uma grande estrutura com apresentação da banda Fervendo Frevo, às 18h30.
No final do percurso, os foliões e seus carros enfeitados participam da escolha das melhores decorações, com julgamento feito pelo público, que deve levar em conta a originalidade, animação e decoração. A premiação em dinheiro para os melhores carros, será de R$ 800 para o primeiro colocado, R$ 500 para o segundo e R$ 300 para o terceiro, algo que serve como um incentivo à criatividade. Os interessados ainda podem se inscrever antes da saída dos carros.
DÉCADAS DE HISTÓRIA
A brincadeira nasceu no Brasil no final do século XIX e teve seu auge no Piauí entre as décadas de 30 e 50. Na época, as donas e freqüentadoras de bordéis da cidade trajavam as melhores roupas, alugavam caminhões e saíam da rua Paissandu, percorrendo a praça Rio Branco, av. Antonino Freire e Frei Serafim, no período carnavalesco, numa espécie de represália à discriminação que sofriam. Com o projeto de revitalização do carnaval realizado pela Prefeitura de Teresina em 1997, chamado Reviver Carnaval, as audaciosas prostitutas da Paissandu ganharam homenagem com o “caminhão das raparigas”. O desfile desse carro tornou-se tradição, sendo as prostitutas representadas por atrizes fantasiadas.