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Trabalho autônomo é alternativa para profissionais durante pandemia de Covid-19

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Fonte: Pexels

Desde 2014, o Brasil tem vivenciado uma trajetória econômica descendente. Neste ano, a pandemia de Covid-19 contribuiu para piorar ainda mais o cenário: dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que, até maio, a disseminação da doença fechou 7,8 milhões de postos de trabalho em todo o país. Isso significa uma queda de 8,3% na população ocupada.

Além disso, mesmo quem consegue se manter no emprego corre o risco de ter a renda reduzida pela crise. Visando preservar empresas e postos de trabalho, o governo aprovou um projeto de redução de carga horária e salário, em troca de um período de estabilidade para o funcionário. Como a compensação oferecida pelo poder público é baseada no valor do seguro-desemprego, e não do salário, o impacto sobre as famílias pode ser grande. O auxílio emergencial, oferecido aos mais vulneráveis, tampouco tem atingido o seu objetivo: há diversos relatos de demora na liberação do benefício, bem como de valores retidos por bancos.

Ainda assim, vale destacar que o mercado de trabalho mudou muito e que o regime CLT não é a única maneira de se ganhar a vida. Graças a fatores como os avanços tecnológicos e o surgimento de novas ocupações, atuar como autônomo está cada vez mais fácil, inclusive durante a pandemia.

Trabalho autônomo é alternativa durante pandemia de Covid-19

Em períodos de crise, economistas costumam apontar para uma verdade preocupante: empregos são mais fáceis de serem eliminados do que de serem gerados. Na prática, isso significa que, quando um país enfrenta uma crise econômica, a geração de postos de trabalho costuma ser um dos últimos sinais de melhora a surgirem. Na situação atual, isso significa que os empregos perdidos levarão meses - senão anos - para serem recuperados.

Quem se vê no desemprego ou mesmo com a renda reduzida pode investir no trabalho autônomo para garantir o sustento durante a pandemia. Começar é muito mais simples do que muitos imaginam: fazer marmitas na cozinha de casa e vendê-las a vizinhos e conhecidos é algo simples e ao alcance de boa parte das pessoas. Trabalhadores com qualificações mais altas, como programadores e profissionais de marketing, também podem buscar clientes entre suas redes de contatos e trabalhar de casa. Para decidir em qual ramo investir, recomenda-se fazer análises para verificar em quais segmentos há mais demanda, aumentando as chances de sucesso.

Além disso, quem trabalha como autônomo costuma ter a possibilidade de realizar suas atividades de casa. Trata-se, portanto, de uma alternativa que permite a segurança do profissional e de sua família neste momento delicado.

Além de flexibilidade, trabalho autônomo proporciona chances de maiores ganhos

O trabalho autônomo costuma ser associado a uma série de vantagens que atraem profissionais das mais diversas áreas. Ser o próprio chefe, cuidar da própria agenda e trabalhar de onde quiser são algumas das possibilidades proporcionadas a quem trabalha por conta própria.

Além disso, com o tempo, ser autônomo pode proporcionar um retorno financeiro superior àquele oferecido por trabalhos tradicionais, com carteira assinada. É possível, por exemplo, que um profissional reconhecido se estabeleça como especialista no seu campo, podendo cobrar um valor acima da média por seus serviços. Da mesma forma, ele pode montar uma empresa de maior porte, aumentando ainda mais o seu potencial de ganhos.

Portanto, ao optar por atuar dessa forma, é interessante que o profissional tenha visão estratégica. Por mais que garantir o sustento durante a pandemia de Covid-19 seja o principal objetivo neste primeiro momento, é preciso estar atento a futuras oportunidades.

Caso seja necessário investir, é possível recorrer a um empréstimo

O trabalho autônomo oferece uma série de benefícios a quem o escolhe. Ainda assim, esse tipo de profissional precisa redobrar os cuidados em algumas áreas de sua vida, notadamente a financeira: como não há benefícios como FGTS e seguro-desemprego, o orçamento deve ser montado com ainda mais cuidado. Além disso, é interessante cadastrar-se como Microempreendedor Individual (MEI) para ter acesso a benefícios como aposentadoria pelo INSS e auxílio-doença.

Da mesma maneira, dependendo da área de atuação, pode ser necessário fazer algum investimento antes de lançar-se ao mercado como profissional autônomo. Quem trabalha com marketing, por exemplo, pode precisar de um computador mais potente, bem como de uma internet mais estável. Quem opta por preparar pratos da cozinha de casa para vender terá um gasto maior com água, luz e gás, e assim em diante.

A boa notícia é que as instituições financeiras estão atentas a essa demanda: hoje, é possível obter um empréstimo para autônomo por meio de uma linha de crédito criada especificamente para as necessidades desse cliente. Esse, inclusive, é mais um motivo para se registrar como MEI: quem tem CNPJ costuma ter acesso a ainda mais benefícios, como juros mais baixos e condições mais flexíveis para pagamentos. 

 

Da Redação
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