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Em entrevista à TV Cidade Verde, Flávio Dino disse que vai propor pacto a Bolsonaro

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O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), anunciou nesta segunda-feira (27), durante entrevista à TV Cidade Verde, que vai encaminhar ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) uma proposta de reunião com todos os governadores do país para traçarem um plano de retomada do emprego no país. Para Dino, a volta dos postos de trabalho é o ponto mais importante para aquecer a economia pós pandemia.

"Estou encaminhando agora ao presidente um documento para que ele convoque todos os governadores, confederações empresariais e centrais sindicais para que possamos planejar um pacto nacional pelo emprego. Esse é o principal desafio da economia brasileira", disse o governador.

Flávio Dino afirmou que espera que o documento seja acolhido pelo presidente já que, segundo ele, nem sempre o presidente está para o diálogo com os governadores, principalmente os de oposição.

"Infelizmente não há uma coerência. As vezes ele reúne, as vezes não. As vezes parece ser colaborativo e tem momentos que rompe com tudo e isso sai criticando. É uma relação difícil não só com governadores de oposição. É uma voz geral que o governo federal é muito distante", declarou.

Segundo Flávio Dino, o país precisa de uma espécie de auxílio emergencial para as micro e pequenas empresas. 

"Não é crédito, pois o crédito tem que pagar depois. Estou me referindo a outra coisa: evitar que as empresas fechem. Há medidas emergenciais para evitar uma quebradeira desse setor para preservar empregos", afirmou.

Fotos: Roberta Aline

Debate nacional

Lembrado como possível presidenciável em 2022, o governador do Maranhão disse que no momento não há espaço para discussões sobre sucessão presidencial.

“É um dever meu participar de debate nacional, assim como os outros governadores. O que irá acontecer não pertence a esses momentos. O que posso fazer é conclamar uma ampla união. As candidaturas a gente vê depois, não pode é ficar brigando muito, pois enfraquece o nosso campo. Precisamos conjugar nesse instante os desafios imediatos e, ao mesmo tempo, preparar o clima para 2022. Eu tenho o pé no chão e uma cabeça cheia de sonhos. O pé é fixado na realidade. Qualquer debate sobre eleição presidencial é absolutamente prematuro e ineficaz. Não vai a lugar nenhum”, declarou.

Conseguimos superar o momento difícil

Sobre a covid-19, Flávio Dino disse que o Maranhão está conseguindo superar a pandemia do coronavírus após o pico da doença no estado.

"Conseguimos superar o momento difícil. Conseguimos evitar o colapso no sistema hospitalar. Não houve isso no nosso estado. Conseguimos garantir as vagas necessárias nos hospitais regionais e macrorregionais. Chegamos a ter 1700 pessoas internadas simultaneamente. Hoje temos aproximadamente 500 pessoas. A taxa de transmissão está abaixo de 1 há muitas semanas. O número de casos ativos que já chegou a 40 mil, hoje está abaixo de 10 mil. Temos indicadores que apontam para uma estabilidade com tendência de queda", afirmou.

No Maranhão, a retomada das atividades econômicas começou ainda em maio. De acordo com o governador, não há uma regra para estabelecer a volta da economia.

"É uma graduação diária. Não há uma regra que valha eternamente. É preciso olhar o conjunto de indicadores diariamente. No dia 25 de maio conseguimos iniciar um processo de abertura gradual e desde esse dia continuamos com uma trajetória de queda. Até que haja vacina essa será a nossa vida. Temos que ter muita cautela e prudência. Se todos evitarem as aglomerações vamos conseguir", disse.

Operação Topique

O governador, durante a entrevista, aproveitou para se solidarizar com o governador Wellington Dias (PT), que foi alvo hoje da Operação Topique, da Polícia Federal. Queria registrar a minha estima pelo governador Wellington Dias. Me solidarizar com ele, já que não sai o mérito de processos judiciais. Não me cabe opinar sobre isso, mas sei que há muitas tendências abusivas. Tenho a convicção que o governador vai mostrar a conduta sua a frente e esclarecer os fatos. Somos firmemente contra abusos de autoridade. Acho muito estranho que haja busca e apreensão 7 anos depois de um fato. Nunca vi isso na vida. Você tem outros caminhos para investigar, agora nos termos da lei, evitando coisas espetaculares. Depois ninguém vai reparar o erro, o abuso.

Hérlon Moraes
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