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Governo do Estado inicia Operação Queimadas no Piauí

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Foto: Divulgação/ Corpo de Bombeiros

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar) inicia a Operação Queimadas, que busca enfrentar os efeitos negativos das queimadas nos ecossistemas piauienses.  A operação consiste em unir esforços com entidades de diversas competências para colocar em prática estratégias conjuntas. A apresentação do projeto será nesta terça-feira (6), no Centro de Educação Ambiental (CEA), em Teresina, às 18h30.

A Semar estruturou a operação visando estabelecer um plano de ação estratégico cooperado e integrado na prevenção, controle e combate a queimadas no estado, mas também de aptidão dos municípios para conhecimento de medidas preventivas e combativas eficientes.

A Operação Queimadas prevê a realização de acordos de cooperação técnica com os municípios das regiões mais atingidas, incluindo a capacitação e composição de brigadas e ações de fiscalização ambiental.

“O monitoramento realizado pela fiscalização ambiental é fundamental para o sucesso da operação, já que essas ações de fiscalização podem englobar atividades preventivas, de controle e/ou repressivas. Na região do cerrado, por exemplo, grande parte dos incêndios é provocada por caçadores que ateiam fogo na vegetação para afugentar a caça ou para favorecer o abate. A fiscalização visa coibir essa prática ilegal”, explica a secretária de Estado do Meio Ambiente, Sádia Castro.

Os acordos de cooperação técnica envolvem, inicialmente, os municípios de Floriano, Jerumenha, Landri Sales, Porto Alegre, Guadalupe, Antônio Almeida, Sebastião Leal, Bertolínia, Canavieira, São Miguel do Tapuio, Pimenteiras, Curimatá, Buriti dos Montes, Domingos Mourão, São João do Piauí, João Costa, Redenção do Gurguéia, São Raimundo Nonato e Tamboril do Piauí.

Para esses municípios, que estão em uma maior zona de risco, está prevista ainda uma capacitação realizada pela Semar para que eles componham suas próprias brigadas. A formação dos brigadistas envolve duas etapas de seleção, uma de testes físicos e de uso de ferramentas usadas em combate, e o curso de formação de 40h. O curso é todo baseado na grade curricular padrão do Prevfogo/Ibama, utilizado em todo o território nacional.

Outro ponto importante para a Semar é a preservação das unidades de conservação (UCs). A APA do Rangel, nos limites de Redenção e Curimatá e a Estação Ecológica Serra Branca, na região da São Raimundo Nonato, são exemplo de UCs localizadas em área de risco de queimadas, sobretudo, a partir do início do segundo semestre, momento em que há alterações nas condições meteorológicas e nos fatores como aumento da temperatura; atuação acentuada de ventos; redução da umidade relativa do ar, em função da baixa precipitação no período e intensa atividade humana com uso do fogo sobre os ambientes.

Para a reunião inaugural de apresentação do projeto foram convidados órgãos e entidades como a Associação Piauiense de Municípios (APPM), Ministério Público Estadual (MPE), Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiar do Estado do Piauí (Fetag-PI), Polícia Militar Ambiental, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal, Pastoral da Terra, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), a Arquidiocese de Teresina, a Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan), Defesa Civil e  prefeituras de municípios localizados em área de maior risco de queimadas.

“O combate é mais efetivo com todos os órgãos alinhados, unindo esforços, já que todos têm competência relacionada ao problema das queimadas”, ressalta Sádia Castro.

Entre agosto a dezembro de 2019, foram realizadas pela Semar, em parceria com a Polícia Militar do Piauí, quatro campanhas de fiscalização visando coibir o mau uso do fogo, além de outros delitos cometidos contra o meio ambiente.

Da Redação
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