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Semar dá início à operação para reduzir efeitos das queimadas no Piauí

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A Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar) dará início à Operação Queimadas, que visa enfrentar os efeitos negativos das queimadas nos ecossistemas piauienses.  A operação consiste em unir esforços com entidades de diversas competências para colocar em prática estratégias conjuntas. A reunião inaugural de apresentação do projeto será no dia 6 de outubro, no Centro de Educação Ambiental (CEA), às 18h30min.
A Semar estruturou a operação visando estabelecer um plano de ação estratégico cooperado e integrado na prevenção, controle e combate de queimadas no estado, mas também de aptidão dos municípios para conhecimento de medidas preventivas e combativas eficientes.

A Operação Queimadas prevê a realização de Acordos de Cooperação Técnica com os municípios das regiões mais atingidas, incluindo a capacitação e composição de brigadas e ações de fiscalização ambiental.

“O monitoramento realizado pela fiscalização ambiental é fundamental para o sucesso da operação, já que essas ações de fiscalização podem englobar ações preventivas, de controle e/ou repressivas. Na região do cerrado, por exemplo, grande parte do incêndio é provocada por caçadores que ateiam fogo na vegetação para afugentar a caça ou para favorecer o abate. A fiscalização visa coibir essa prática ilegal”, explica a secretária Sádia Castro.

Os Acordos de Cooperação Técnica envolvem, inicialmente, os municípios de Floriano, Gerumenha, Landri Sales, Porto Alegre, Guadalupe, Antônio Almeida, Sebastião Leal, Bertolínia, Canavieira, São Miguel do Tapuio, Pimenteiras, Curimatá, Buriti dos Montes, Domingos Morão, São João do Piauí, João Costa, Redenção do Gurguéia, São Raimundo Nonato e Tamboril do Piauí.

 Para estes mesmos municípios, que estão numa maior zona de risco, estão previstos ainda uma capacitação realizada pela Semar para que eles componham suas próprias brigadas. A formação dos brigadistas envolve duas etapas de seleção, uma de testes físicos e de uso de ferramentas usadas em combate, e o curso de formação de 40 h. O curso é todo baseado na grade curricular padrão do Prevfogo/IBAMA, utilizado em todo o território nacional.

 Outro ponto importante para a Semar é a preservação das Unidades de Conservação (UCs). A APA do Rangel, nos limites de Redenção e Curimatá e a Estação Ecológica Serra Branca, na região da São Raimundo Nonato, são exemplo de UCs localizadas em área de risco de queimadas, sobretudo, a partir do início do segundo semestre, momento em que há alterações nas condições meteorológicas e nos fatores como aumento da temperatura; atuação acentuada de ventos; redução da umidade relativa do ar, em função da baixa precipitação no período e intensa atividade humana com uso do fogo sobre os ambientes.

Para a reunião inaugural de apresentação do projeto foram convidados para órgão e entidades como a Associação Piauiense de Prefeitos Municipais (APPM), Ministério Público Estadual (MPE), Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiar do Estado do Piauí (FETAG-PI), Polícia Militar Ambiental, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária federal, Pastoral da Terra, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), a Arquidiocese de Teresina, a Secretaria Estadual de Planejamento do Estado do Piauí (Seplan), Defesa Civil e  prefeituras de municípios localizados numa área de maior risco de queimadas. 

“O combate é mais efetivo com todos os órgãos alinhados, unindo esforços, já que todos têm competência relacionada ao problema das queimadas.”, ressalta a Secretária de Meio Ambiente, Sádia Castro.

Entre agosto a dezembro de 2019 foram realizadas pela Semar, em parceria com a Polícia Militar do Piauí, quatro campanhas de fiscalização visando coibir o mau uso do fogo, além de outros delitos cometidos contra o meio ambiente.

Da redação
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