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TRT: motoristas terão que colocar frota de 70% sob pena de R$ 50 mil de multa

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Foto: Roberta Aline


O desembargador do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Giorgi Alan Machado Araújo, determinou nesta terça-feira (13) multa de R$ 50 mil por dia, caso o Sindicato dos Motoristas e Cobradores não cumpra a lei de greve. 

Veja decisão aqui

Na decisão, o desembargador ordena que os motoristas e cobradores, que deflagraram greve na manhã de hoje, respeitem o dissídio de greve. Pelo dissídio, a categoria terá que colocar 70% da frota em horário de pico e 30% no entre pico.

A ação foi ajuizada pelo Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut). Os empresários denunciaram que os motoristas não estão respeitando o dissídio de greve acordado em agosto deste ano, em que a categoria parou por mais de 80 dias. 

O Sindicato reclama o pagamento de 30%, o tíquete alimentação e o plano de saúde.

O diretor do Setut, Marcelino Lopes, informou ao portal Cidadeverde.com que o pagamento do tíquete alimentação e o plano de saúde está suspenso desde maio quando não houve a renovação da convenção coletiva, devido a crise causada pela pandemia.

"O Setut está pagando a folha com muita dificuldade e não vai voltar tão cedo a pagar o tíquete alimentação e o plano porque não tem arrecadação suficiente para os pagamentos", informou Marcelino Lopes.

Segundo ele, a demanda de passageiro caiu para 22% durante a pandemia. "Dos 200 mil passageiros dia, estamos atendendo apenas 45 mil. Não há motivo para greve, não foi renovado a convenção coletiva, pois foi provado que não tem condições financeiras para isso", disse.

O Setut ingressou ainda com pedido de ilegalidade da greve dos motoristas. A decisão ainda não foi apreciada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT). 

O Sindicato dos Motoristas informou ao Cidadeverde.com que não foi notificado da decisão do desembargador Giorgi Alan e que a diretoria estava em reunião para definir as medidas que serão adotadas. 

 

Flash Yala Sena
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