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Número de empresas no Piauí que cumprem a lei de contratação de PCDs é baixo

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Foto: Arquivo Pessoal

Exercer uma profissão é um direito de todos os cidadãos. Porém, muitas pessoas estão fora do mercado de trabalho por falta de oportunidades, principalmente, para as pessoas com algum tipo de deficiência (PCDs). Em 2019, apenas metade das vagas destinadas a este público no Piauí foram preenchidas, totalizando cerca de 56%, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Em 2020, um levantamento realizado pela pesquisa da Catho aponta que a pandemia do novo coronavírus tem dificultado a procura por emprego para 93% dos respondentes. Para 69%, justamente a falta de oportunidades é a maior barreira profissional enfrentada por eles. Formada há um ano, a técnica de enfermagem Luciana dos Reis, tem nanismo, e trabalha no setor de ressonância magnética de uma clínica particular de Teresina. Ela comenta a importância da valorização e inclusão de deficientes no quadro de colaboradores na empresa.

“Olha, é uma mudança de vida!  É uma oportunidade para alguém que às vezes acha que nada é a favor dela, que tudo é contra. A pessoa com deficiência se sente derrotada, inválida e que não tem utilidade. Uma empresa como essa vem e oferece oportunidades, com isso os funcionários com deficiência se sentem mais dignos e mais confiantes e, assim conseguir comprar suas coisas e planejar um futuro”, relata.

As cotas para deficientes são determinadas pela lei 8213/91 em seu artigo 93: "Art. 93. A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas. A clínica que Luciana trabalha tem oito funcionários com algum tipo de deficiência, compreendendo cerca de 3,3% das vagas destinadas para esse público. Porcentagem que respeita as cotas determinadas por lei.

Mesmo com a redução de empresas que cumprem a lei de contratação de pessoas com deficiência, dados do Caged apontam que o número de cargos ocupados por deficientes registrados em 2019 é o maior registrado nos últimos quatro anos. O auxiliar de serviços gerais José Marcelino Leal tem deficiência na mão e informa o que o seu trabalho representa. “Representa muita coisa para mim, porque através desse emprego eu sustento minha família”, ressalta.

A supervisora de Departamento Pessoal, Naíse Caroline, relata a felicidade de ver a superação dessas pessoas no ambiente de trabalho. “É muito importante tanto para o deficiente, como para gente, porque aprendemos a lidar com as dificuldades deles.  É muito gratificante estar aqui vendo o dia-a-dia do funcionário, observando suas superações, por estarem trabalhando e conseguindo seu dinheiro”, finaliza.

 

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