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Após lançamento de plano para imunização, governador cobra cronograma: "faltou a vacina"

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O governo federal lançou nesta quarta-feira (16) o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19.  O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou que está em negociação com laboratórios, 300 milhões de doses para o país. A solenidade contou com a presença de vários governadores, dentre eles o do Piauí, Wellington Dias (PT), que cobrou um cronograma de vacinação. 

“Aqui nós ouvimos que o Brasil tem o plano nacional de imunização desde a criação do SUS, instrumento importante para garantir vacina a todos os brasileiros. Aqui foi dito também que o ministro Paulo Guedes e o Congresso Nacional estão garantindo R$ 20 bilhões para a compra das vacinas. Tem um plano estratégico para a vacinação. O que faltou? Faltou a vacina, o cronograma para saber quanto temos de vacina comprada, a garantia de entrega a partir de janeiro, fevereiro, março, abril, maio. Qual é o cronograma da vacinação?”, questionou o governador, presidente do Consórcio Nordeste.

Wellington Dias voltou a dizer que “vacina não é uma disputa política” e que o imunizante é para salvar vidas. “A vacina é a forma segura que temos para a gente dar conta de tantas mortes no Brasil. É a imunização que vai garantir que a gente saia dessa situação e salve vidas, empresas e trabalhadores. É a vacina que vai fazer com que a gente volte a ter condições de relações amplas comerciais. A vacina é o ponto principal”, destacou.

Segundo o governador, é o cronograma que vai permitir o país se preparar para a etapa final, a campanha de vacinação. “Vamos precisar da união de todos. Precisamos deixar de lado as eleições de 2022. Nós governadores estamos aqui juntos para vencer essa batalha”, declarou.

O plano lançado hoje prevê que a vacinação no Brasil deve ser concluída em 16 meses – quatro meses para vacinar todos os grupos prioritários e, em seguida, 12 meses para imunizar a "população em geral".

Foto: Isac Nóbrega/PR

O documento prevê que primeiro sejam vacinados os grupos considerados prioritários, por estarem mais expostos ao coronavírus ou serem mais vulneráveis à doença. Segundo o Governo Federal, 51 milhões de pessoas serão vacinadas nessa etapa, o que vai exigir 108,3 milhões de doses. Cada pessoa toma duas doses e há uma perda de 5% de vacina decorrente dos processos de transporte e aplicação. 

Ainda hoje, o governador se reúne com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na sede do Ministério da Saúde. “Vamos nos colocar à disposição para garantir cerca de 35 a 50 mil postos de vacinação, garantir vacina em todo o Brasil, mas agora precisamos ter o cronograma, pois é ele que vai nos permitir a etapa final. Precisamos da união de todos, pois temos um inimigo comum que já matou quase 200 mil pessoas no Brasil. Vacina não é uma luta política, mas uma luta para salvar vidas”, afirmou.

Hérlon Moraes
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