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Ônibus param em horário de pico e motoristas ameaçam nova greve

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Por falta de pagamento do salário, mais uma vez os motoristas e os cobradores do transporte público de Teresina decidiram suspender as atividades. Na tarde desta sexta-feira (05), mais de 40 ônibus ficaram parados nas ruas do Centro de Teresina em protesto. A categoria prevê uma nova greve por tempo indeterminado, com início na próxima segunda (08).

O sindicato da categoria informou ao Cidadeverde.com que o salário referente ao mês de janeiro, que deveria cair na conta do trabalhador até esta sexta (05), não foi pago. Essa é a quinta paralisação somente neste ano. 

Francisco Sousa, secretário de previdência e assistência social do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro), também informou que a categoria “não teve acordo” com a empresas sobre a convenção coletiva.  Ele ressalta que a data base para o acordo é o mês de janeiro e até agora não foi fechado. 

“Os trabalhadores estão fazendo essa manifestação. Esperavam amanhecer o dia com o dinheiro na conta, e não aconteceu. O salário é pra ser pago até o quinto dia útil. Quando foi umas 17 horas, começaram a parar os ônibus. Os trabalhadores decidiram por greve geral na (próxima) segunda”. 

Não há confirmação se os ônibus que estão parados no Centro vão finalizar as viagens previstas para esta sexta.  

STRANS

A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) informa que “acionou os motoristas cadastrados para suprir a necessidade dos usuários”.   O superintendente da Strans, Cláudio Pessoa, já comunicou a situação à Procuradoria Geral do Município, que vai avaliar as questões jurídicas. 

De acordo com o superintendente, “a paralisação, que começou agora a tarde, não tem relação com o município e que a Strans não se envolve em questões trabalhistas”.

“A providência operacional é nós dispormos de todos os veículos cadastrados para lançar na cidade de Teresina, para não ter tantos prejuízos aos usuários. No segundo momento, a gente vai acionar a Procuradoria Geral do Município para as providências legais que o caso requer. Lembrando que a greve seria iniciada na segunda, oficialmente nós recebemos esse expediente, mas, por motivos de causa trabalhista, que não compete à Superintendência se envolver, foi deflagrada hoje”. 

SETUT

O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (SETUT) informou que tentou acordo com o Sintetro a fim de evitar o movimento grevista, contudo não houve um entendimento efetivo entre as partes.

"Na última reunião, o Setut explicou aos representantes a impossibilidade de fechamento de acordo da convenção coletiva, devido aos problemas financeiros enfrentados pela empresa. Também foi explicado aos trabalhadores, que o pagamento que deveria ter sido realizado no último dia 05 não foi feito em decorrência do não repasse da Prefeitura de Teresina referente aos valores devidos, conforme prevê edital do sistema de transporte. 

Atualmente, o setor de transporte público está passando por dificuldades, com condições financeiras precárias, tanto devido à redução na queda de passageiros em função da pandemia, gerando consequente queda de receita como também às dificuldades geradas pelos recorrentes atrasos nos repasses da Prefeitura, que só ocorreram após intervenção através de ações judicias.   

A entidade ressalta ainda que hoje o faturamento das empresas se concentra somente em ¼ do que se arrecadava e não há condições de aumento salarial aos trabalhadores.

A entidade lamenta a mobilização, que causa prejuízos e transtornos aos teresinenses que necessitam, diariamente, utilizar o transporte público.

 

Carlienne Carpaso
[email protected] 

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