O vice-prefeito de Teresina, Robert Rios, mandou um recado para integrantes da equipe que, por ventura, venham a defender medidas contrárias ao que pensa o prefeito Dr. Pessoa (MDB). Dentre elas está o lockdown. Membros da saúde do município, como o próprio presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Gilberto Albuquerque, já externaram que o isolamento social pode ajudar na diminuição dos casos de covid-19.
Em Teresina o cenário é crítico no sistema de saúde. Estão com todas as vagas de UTI ocupadas: Hospital da Polícia Militar Dirceu Arcoverde, Hospital Geral do Monte Castelo, Hospital Prontomed e Hospital de Urgência de Teresina. A Fundação Municipal de Saúde informou que 68 leitos clínicos e de UTI serão instalados no HUT.
“Pensar diferente ele tem todo o direito, cada um tem a sua cabeça, agora existe uma política no município que é ditada pelo prefeito Dr. Pessoa. Pensar diferente é uma coisa fazer diferente do prefeito é outra”, disse o vice-prefeito ao se referir ao presidente da FMS.
Segundo Robert Rios, quem quiser agir diferente deve sair da administração municipal.
“Quem quiser estar dentro do governo, tem que fazer como pensa o prefeito. Se você quiser pensar diferente e agir diferente você vai agir lá fora. Pensar você pode, mas agir tem que ser em conformidade com o Dr. Pessoa. Quem dita a política no município de Teresina é o Dr. Pessoa”, declarou.
O vice-prefeito, que também é secretário de Finanças, ressaltou que todas as pastas da prefeitura estão coesas no combate à covid. “Todo mundo está coeso. Todo mundo sabe o que é que cabe a cada um. A saúde não é feita só pela Fundação de Saúde e o Dr. Gilberto não, é coordenada pelo prefeito Dr. Pessoa e todos os gestores que fazem parte do enfrentamento à covid”, afirmou.
Foto: Dantércio Cardoso
Câmara Municipal
“A Câmara tem sido uma grande parceira, mas o prefeito já disse que é contra esse exagero. Ele é a favor do lockdown no sábado e domingo, mas quinta e sexta ele é contra. Vai ter amanhã, pois é feriado. É importante o isolamento social, Dr. Pessoa tem defendido publicamente, mas o comércio tem que sobreviver”, destacou, defendendo uma campanha de conscientização ao invés do fechamento das atividades.
“Uma campanha de conscientização era muito mais eficiente do que decreto”, finalizou.
Hérlon Moraes
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