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"Monstro da Áustria" tem prisão perpétua e internação

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A Justiça austríaca condenou, nesta quinta-feira (19), Josef Fritzl, 73 anos, a prisão perpétua e internação psiquiátrica. O austríaco foi declarado culpado, por unanimidade, do assassinato de um bebê, nascido das relações que Fritzl manteve durante 24 anos com sua filha, Elisabeth, sequestrada no porão de sua casa. O juri do Tribunal de Sankt Poelten também considerou Fritzl culpado de incesto, estupro, escravidão e coerção.
 

Na sentença de assassinato, os jurados consideraram que Fritzl não deu a assistência necessária para salvar a vida do bebê, apesar de saber que o garoto sofria graves problemas de saúde. Após a morte da criança, Fritzl queimou o corpo do bebê em sua casa.

"Aceito a sentença", disse o acusado, de 73 anos, ao ser questionado pelo juiz se entendia e aceitava a pena. Fritzl passará o resto da vida em um centro de reclusão para criminosos com transtornos psíquicos. O austríaco terá direito a pedir liberdade condicional daqui 15 anos.

O advogado de defesa, Rudolf Mayer, disse à imprensa, após o julgamento, que é uma sentença "lógica" após todos os crimes cometidos por Fritzl.

O julgamento
No último dia de julgamento, Fritzl disse lamentar "do fundo do coração" ter trancado e estuprado a filha em um porão de sua casa durante 24 anos.

"Não posso fazer mais nada a respeito (...). Lamento isso do fundo do meu coração", disse Fritzl em suas declarações finais no julgamento.

Christiane Burkheiser, a jovem promotora responsável pelo caso, insistiu ao júri que, para considerar o réu culpado de assassinato, não é necessário que este desejasse a morte de Michael, um dos filhos que teve com Elisabeth, mas simplesmente que isso lhe fosse "indiferente".

Burkheiser pediu ao júri para que "não se deixasse enganar" pela confissão de culpa que Fritzl fez, mudando assim sua declaração inicial de "inocente" das acusações de assassinato e cárcere privado.

No começo do julgamento, Fritzl se declarou inocente, mas na quarta-feira voltou atrás, depois de assistir a um depoimento de 11 horas em vídeo de Elisabeth, hoje com 42 anos.

O advogado dele, Rudolf Mayer, confirmou relatos de que Elisabeth esteve, na terça-feira, incógnita no tribunal, e afirmou que seu cliente ficou "devastado" ao vê-la nas galerias durante a exibição do depoimento.

Fonte: Uol

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