A consultora jurídica do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut), Nayara Moraes, defendeu, nesta terça-feira (12), que haja diálogo para resolver o impasse do transporte público da capital.

A representante do Setut diz que é contra “grande rupturas” e aponta o diálogo como a melhor forma de melhorar a mobilidade urbana na capital. 

“Não sou a favor de grande rupturas. Sou doutora em Políticas Públicas e atuo sempre na análise  de que esse interesse social reverberado  precisa ter uma atenção. Não podemos de uma hora pra outra entender que tudo que foi realizado com participação coletiva, com planos diretores, com  participação e fiscalização de vários entes agora não presta mais”, analisou a consultora jurídica do Setut. 

O Setut busca um diálogo com a prefeitura de Teresina, que já anunciou a possibilidade de realizar a municipalização do sistema de transporte coletivo da capital.  

“Entendemos, enquanto Setut, que não é importante desconsiderar todo esse  contexto, fazer grande rupturas e deixar para trás obras onde foram gastos R$ 30 milhões, investindo no sistema,  sendo que a tendência do sistema é ampliar mobilidade urbana. Isso precisa, sim, ser levado em consideração. Queremos demonstrar que as dificuldades existem e que nos enquanto Setut estamos abertos aos diálogos e as concessionárias tem feito estudos no sentido de viabilizar reprogramações  operacionais de sistema. Acredito que o investimento seja o diálogo”, ressaltou a consultora jurídica. 

Nayara Moraes alertou ainda para o risco das empresas falirem. Com a pandemia de Covid-19, houve e uma redução brusca no número de passageiros do transporte coletivo. Além disso, a prefeitura de Teresina suspendeu o subsídio que era pago às empresas. Os repasses eram referente às gratuidades e sobre a diferença entre a tarifa pública e o real custo do sistema.

"É preciso aprodunfar o diálogo para que nao cheguemos à situação de estrangulamento", acrescenta. 

 

Izabella Pimentel
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