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"Não temos vacina contra ganância", diz secretário e defende vara para julgar as facções

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Foto: Roberta Aline


O secretário Estadual de Segurança Pública, Rubens Pereira, garantiu nesta quinta-feira (13) que a Polícia trabalha com rigor e de forma integrada para combater as facções criminosas que atuam no estado. 

Ele, porém, ressalta que para reduzir a criminalidade é preciso da ajuda de toda a sociedade e celeridade da justiça.  

“O delegado não pode invadir casas, combater a criminalidade e facções é algo complexo. A Secretaria de Saúde tem a vacina contra a pandemia da Covid, mas tem outra pandemia que é da violência que a Polícia não tem vacina contra a ganância e a intolerância. A sociedade está doente, mas temos que enfrentar”, disse o secretário, que foi eleito coordenador do colegiado da Câmara da Segurança Pública que compõe os nove estados do  Nordeste. 

Criação de vara única para julgar facções

Uma das alternativas que a cúpula da Segurança está defendendo é a criação de uma vara única no Piauí para julgar presos de fações criminosas. Duas facções estão atuando mais fortemente no estado que é o Bonde dos 40, que nasceu no Maranhão, e o PCC (Primeiro Comando da Capital), que surgiu em São Paulo no antigo presídio Carandiru.   A vara é para coibir a soltura de presos perigosos. 

“Não temos uma vara específica e existem conflitos de competência, por isso é necessária uma vara única para julgar esses crimes”, disse Rubens Pereira.

23 integrantes de facções soltos

Em 2018, o secretário lembrou que ocorreu uma ação que resultou na prisão de 23 integrantes de fações criminosas. No entanto, todos foram soltos.

Rubens Pereira garantiu que ações integradas estão sendo realizadas e citou a prisão de 12 pessoas ontem durante operação. Entre os presos está integrante de facções criminosas. “Alguns presos estão auto se declarando de facções e integrantes do tribunal do crime, mas estamos apurando”, disse o secretário. 

O secretário informou que o Gaeco também integra no combate ao crime organizado. 

Para Rubens Pereira ainda se vive o ciclo do “enxuga gelo”, devido ao sistema jurídico que precisa ser reformulado no Congresso Nacional para evitar falhas no combate a violência.  

Assista entrevista do secretário sobre o caso do Promorar:

 

Flash Yala Sena
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