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Empresário que perdeu licitação confirma em CPI que atua no transporte em Teresina

O empresário Claudionor Costa Silva, da empresa Premium, negou que não tenha participado da licitação do transporte coletivo municipal realizada em 2014, como chegou a ser anunciado por vereadores ao longo dos últimos dias. No entanto, durante os trabalhos da CPI do Transporte, na manhã de hoje (01) na Câmara Municipal, ele confirmou que sua a empresa, que tem sede em São Luís, foi desclassificada no certame, mas acabou sendo convidada para pelo Consórcio Poty para reforçar o serviço na zona norte da capital. 

"Nossa empresa participou sim da licitação de 2014, onde nós colocamos propostas e parece que nossa desclassificação se deu, na ocasião, em função de preço ou de algum lapso temporal", explicou o empresário. 

Segundo Claudionor, a empresa Premium começou a atuar no início de 2018, inicialmente apenas com a disponibilização dos veículos que foram gerenciados pelo consórcio Poty. Ainda de acordo com ele, apenas em novembro de 2018 a inserção da empresa no consórcio foi legalizada pela Strans. 

"Nós fomos procurados pelo Consórcio Poty, através das empresas Emvip e Piauiense, no propósito de fazermos uma parceria comercial.  Na ocasião, havia um objetivo de mais tarde ter a inserção da nossa empresa dentro do consórcio. Evidentemente, passei isso para o nosso setor jurídico e nossos advogados avaliarem essa possibilidade. Eles nos deram a afirmação de que não haveria impedimento, que o negócio poderia ser feito e mais tarde entraríamos com essa solicitação, atendendo a todos os requisitos do edital", explicou o empresário. 

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com 

Ainda de acordo com o empresário, não houve irregularidades no período em que os veículos circulavam pelo consórcio Poty antes da empresa ser adicionada ao contrato. "Nós só passamos a colocar frota e registrar funcionários em nosso nome a partir do momento que tivemos a anuência do poder concedente", disse.

Durante a CPI, o empresário disse que começou o contrato com a circulação de sete ônibus. Atualmente, segundo ele, a ordem de serviço repassada pela Strans é de apenas dois ônibus. 

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com 

O presidente da CPI, vereador Edilberto Borges, o Dudu(PT), questionou a forma como a empresa passou a prestar o serviço na capital. 

"Neste caso que aconteceu, pedimos as informações para a Strans para que eles possam estar remetendo para a CPI, juridicamente e administrativamente, as informações de como se deu a participação da empresa dentro do consórcio", disse o vereador. 

Claudionor Costa Silva é o segundo empresário a prestar depoimento  à CPI na manhã desta terça-feira. Mais cedo, o representante da empresa São Cristovão, Hilney Campelo, afirmou que os atrasos dos repasses às empresas por parte da Prefeitura acontecem desde 2015. 

 

 

Natanael Souza
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