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"Facções são regionalizadas e o Piauí não tem muralhas", diz secretário de Segurança

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O secretário estadual de Segurança, coronel Rubens Pereira, declara que o “Piauí não tem muralhas” ao falar sobre a presença de organizações criminosas no estado. Na terça-feira (15), uma operação prendeu 28 pessoas suspeitas integrar uma facção criminosa, além de apreender “carteira de identidade” do crime.

“Nós temos um sistema de inteligência que sempre acompanhou e monitorou a atuação dessas facções. Como sempre disse, o ‘Piauí não tem muralhas’ em relação a isso. O Piauí faz parte do Brasil. Essas facções criminosas não nasceram no estado do Piauí. Foram em outros estados de forma inclusive regionalizada”.

O secretário ressalta que o Piauí está inserido na realidade do país.  “Então, estamos nesse contexto de criminalidade violenta que o Brasil tem hoje. O que estamos fazendo nesse momento é exatamente uma reação necessária e organizada. Nós estamos enfrentando com os recursos legais que temos”.

A segunda fase da Operação Contraordem cumpriu mandados nas cidades de Teresina, Amarante, Campo Maior e Parnaíba, no Piauí, e em Timon, no Maranhão.  Essa operação, segundo o secretário, “foi o resultado de uma investigação em parceria com o Ministério Público do Piauí”. A ação tinha como meta cumprir mais de 30 mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão. 

“Todos esses mandados tiveram a participação dos juízes, do Poder Judiciário, do Ministério Público. Na operação de ontem também tivemos a parceria da Polícia Civil do Maranhão porque essas facções criminosas atuam em rede. Por isso, a necessidade de parceria com as polícias dos outros estados. Tivemos a parceria da Polícia Civil do Piauí e da Secretaria de Justiça”.  
 


Imagem divulgada pela Secretaria Estadual de Segurança.


Alguns dos presos, durante a investigação, já estavam recolhidos no sistema prisional. O secretário acrescenta que as investigações prosseguem. “Essas investigações vão continuar. As prisões iremos continuar fazendo, mas, é claro, temos uma legislação para cumprir. Vamos restaurar a ordem para que a população tenha mais tranquilidade”, acrescenta o secretário.   

Sobre as carteirinhas de identidade do crime, o coronel ressalta que o documento reforça a atuação hierarquizada e organizada da criminalidade. 

“As facções atuam nesse sentido, por isso são chamadas de organização criminosa. Elas atuam em hierarquia. Existe um rito para que essas pessoas do mundo do crime ingressem nessas facções. As fichas que foram encontradas fazem parte desse ritual. Isso prova que as investigações que nós fizemos tiveram como alvo exatamente atingir essas organizações”. 

 

Carlienne Carpaso
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