O secretário de Finanças e vice-prefeito de Teresina, Robert Rios, voltou a falar nesta terça-feira (20) sobre os rumos da CPI do transporte público. Segundo ele, os documentos em posse da comissão mostram uma situação mais grave do que se imagina.

“Quem olhar e examinar os documentos levantados pela CPI do Transporte Público vai ficar horrorizado. Não vai imaginar que ali era uma transação entre um poder municipal e empresários. Vão pensar outra coisa. É muito grave a situação bem mais grave do que as pessoas estão pensando”, disse o secretário em entrevista à  TV Cidade Verde.

O tema transporte público, segundo Robert Rios, chegou a ser tratado na reunião que o prefeito teve na noite de ontem no Palácio de Karnak com o governador Wellington Dias.

“O Dr. Pessoa discutiu isso também com o governador Wellington Dias e ele está disposto a isentar o estudante de pagar qualquer centavo pela passagem, desde que seja estudante da rede municipal de Teresina”, declarou.

Segundo Rios, o Estado também precisar arcar com parte das despesas. “O prefeito é responsável pelo estudante matriculado em Teresina. Agora policial militar que anda de ônibus de graça, policial civil, penitenciário, oficial de justiça, é responsabilidade do governo do estado. Não é justo que eles andem de graça e os empresários mandem essa conta para a prefeitura”, declarou.

Foto: Roberta Aline

Ainda de acordo com o secretário, para cada 4 estudantes que pegam ônibus, 3 pertencem a rede estadual ou federal e um da rede municipal. “Não é justo pedir que a prefeitura pague subsídio para estudante do estado, da União. Tem estudante que paga 11 mil reais em faculdade particular. Conversamos com o governador para que cada um pague a sua conta”, afirmou.

A única certeza até o momento sobre o transporte, de acordo com Robert Rios, é que o sistema de bilhetagem não ficará mais nas mãos das empresas.

“Uma decisão o prefeito já tomou: o sistema de bilhetagem eletrônica, em nenhuma hipótese, ficará mais no comando dos empresários do Setut. Um dia só, uma única Van, segundo a bilhetagem, transportou mais passageiros que o metrô de São Paulo. Então paciência. É uma coisa muito grave. Isso é crime. Quando a CPI revelar o que apurou com documentos você vai ver a gravidade”, declarou.

Hérlon Moraes
[email protected]