De acordo com o relatório, divulgado hoje pela TCE, foi verificado que médicos permanecem muito tempo na sala de repouso, mesmo havendo pacientes à espera de socorro no setor de urgência.
Segundo a auditoria, os baixos salários pagos aos profissionais de saúde são apontados como a causa do desinteresse desses profissionais em trabalhar para o município, justificando a carência de médicos, sobretudo em algumas especialidades.
Os auditores traçaram um cenário de ameaças e oportunidades para o bom desempenho dos hospitais municipais. Entre as ameaças estão a crescente demanda de pacientes do interior , bem como de outros Estados, sobrecarregando a estrutura; a defasagem na tabela do SUS, que paga baixos valores para consultas e exames; ausência de gerador de energia; e higienização precária em alguns hospitais, como o do Monte Castelo, Promorar e Matadouro.
O número insuficiente de cotas de consultas e exames para atender a demanda também foi relacionado como um fator de dificuldade para os pacientes da rede municipal de saúde.
O relatório conclui com algumas sugestões a serem observadas pela gestão do sistema, que inclui a elaboração do Plano Municipal de Saúde, a instituição das Comissões de Ética Médica e de Controle de Infecção Hospitalar em cada unidade, o controle efetivo do cumprimento das escalas de plantão dos médicos, com a aplicação de sanções adequadas aos médicos faltosos ou que não cumprem suas jornadas, a contratação de maqueiros e de farmacêuticos para as farmácias dos hospitais. ´
O trabalho de auditoria foi feito ainda na gestão do ex-presidente, João Orlando Ribeiro Gonçalves, mas foi concluído só agora, na gestão do atual presidente, Firmino Filho, que já respondeu ao TCE, aprovando na íntegra o relatório da auditoria, e comprometendo-se a implementar todas as recomendações da equipe. Segundo relatórios elaborados pelos hospitais, algumas estão em fase de andamento e outras já foram implementadas.
Yala Sena (com informações do TCE)
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