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TCE detecta fraude em plantões e falta de médico nos hospitais

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Auditoria do TCE (Tribunal de Contas do Estado) constatou irregularidades na troca de plantões em hospitais de Teresina, além da falta de médicos que acumula uma demanda exagerada em quatro especialidades.  
 

De acordo com o relatório, divulgado hoje pela TCE, foi verificado que médicos permanecem muito tempo na sala de repouso, mesmo havendo pacientes à espera de socorro no setor de urgência.

Segundo a auditoria, os baixos salários pagos aos profissionais de saúde são apontados como a causa do desinteresse desses profissionais em trabalhar para o município, justificando a carência de médicos, sobretudo em algumas especialidades.

 O Tribunal realizou auditoria de natureza operacional nos hospitais e unidades mistas de saúde do município de Teresina, no período de março a dezembro do ano passado. A carência de médicos, especialmente pediatras, anestesistas, neurologistas e dermatologistas foi relevada na auditoria.
 

Os auditores traçaram um cenário de ameaças e oportunidades para o bom desempenho dos hospitais municipais. Entre as ameaças estão a crescente demanda de pacientes do interior , bem como de outros Estados, sobrecarregando a estrutura; a defasagem na tabela do SUS, que paga baixos valores para consultas e exames; ausência de gerador de energia; e higienização precária em alguns hospitais, como o do Monte Castelo, Promorar e Matadouro.

O número insuficiente de cotas de consultas e exames para atender a demanda também foi relacionado como um fator de dificuldade para os pacientes da rede municipal de saúde.

Os aspectos positivos ressaltados no relatório são a observância da distância mínima entre os leitos hospitalares, centros cirúrgicos bem equipados, equipe técnica capacitada e comprometida e interligação com outros programas governamentais, como Programa Saúde da Família e Vacinação.
 

O relatório conclui com algumas sugestões a serem observadas pela gestão do sistema, que inclui a elaboração do Plano Municipal de Saúde, a instituição das Comissões de Ética Médica e de Controle de Infecção Hospitalar em cada unidade, o controle efetivo do cumprimento das escalas de plantão dos médicos, com a aplicação de sanções adequadas aos médicos faltosos ou que não cumprem suas jornadas, a contratação de maqueiros e de farmacêuticos para as farmácias dos hospitais. ´

O trabalho de auditoria foi feito ainda na gestão do ex-presidente, João Orlando Ribeiro Gonçalves, mas foi concluído só agora, na gestão do atual presidente, Firmino Filho, que já respondeu ao TCE, aprovando na íntegra o relatório da auditoria, e comprometendo-se a implementar todas as recomendações da equipe. Segundo relatórios elaborados pelos hospitais, algumas estão em fase de andamento e outras já foram implementadas.

Yala Sena (com informações do TCE)
[email protected]

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