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Prefeitura exige que Setut renuncie dívida de R$ 21 milhões em nova proposta

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Foto: Roberta Aline


A direção do Setut (Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina) recebeu nesta sexta-feira (10) proposta da prefeitura que exige que os empresários abram mãos de ações judiciais tramitando na justiça do estado. 

O prefeito Dr. Pessoa deu um prazo de 48 horas para receber uma contraproposta dos empresários de ônibus. 

Leia proposta da prefeitura:

O vice-presidente do Setut (Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina), Marcelino Lopes, informou ao portal Cidadeverde.com que os empresários de ônibus tentam acordo, mas está cada dia mais difícil. 

Marcelino Lopes, que acompanha as negociações com a prefeitura, afirmou que o único ponto de acordo até agora é sobre o subsídio da gratuidade para os estudantes. “O restante diverge”, disse.

“Estávamos conversando há cerca de 10 dias de forma positiva, de repente quebra as conversas do nada e apresentam uma contraproposta”, afirmou Marcelino Lopes.

E-mail de madrugada

A direção do Setut garantiu que soube ontem pela imprensa a proposta da prefeitura e que hoje de madrugada receberam um e-mail do Município.

“Recebemos um e-mail de madrugada, a prefeitura tem uma proposta e não apresenta aos parceiros e diz para a imprensa. É um nível de relação cada dia mais difícil”, afirmou.

De acordo com Marcelino Lopes, a dívida da prefeitura junto aos empresário de ônibus é de R$ 52 milhões, sendo R$ 21 milhões de débito anterior e R$ 31 milhões de dívidas da atual gestão. 

Marcelino Lopes disse que não “tem cabimento” a prefeitura fazer auditoria em acordo judicial – R$ 21 milhões – dívida que já foi periciada e reconhecida pela justiça do Piauí.

“Se ele (prefeito) quer fazer auditoria na parte dele, ele tem que fazer, está no direito dele, agora fazer auditoria em acordo judicial já periciado não tem cabimento”, disse o vice-presidente do Setut.

Escalonamento de horários

Um dos pontos apresentados pelos empresários de ônibus é o escalonamento de horários de passageiros. Na prática é transportar o trabalhador em três horários: às 7h para os que trabalham na saúde e indústrias, às 8h para as pessoas da educação, às 9h para os profissionais do comércio e serviços.

“No mundo e no Brasil se debate esse tema do escalonamento de horários para se ter menos carros na rua, colocar ônibus suficientes para a demanda, atender melhor o passageiro e reduz o custo do sistema”, disse Marcelino Lopes.   

Outra proposta é adotar tarifa promocional nos horários de entre-pico (9h às 11h; 15h às 17h e a partir das 20h) para atrair mais passageiros. 

“O horário de entre-pico os ônibus rodam vazios e há gastos como óleo diesel. E você coloca uma tarifa promocional de R$ 3,00 ou R$ 3,50 tornando a passagem mais atrativa nesse horário”.

Ultimato de 48h

Marcelino Lopes disse que era a primeira vez que via uma negociação no transporte com ultimato de 48h. Como o sistema é complexo, ele disse que a legislação que envolve o transporte o prazo varia de 15 dias a 30 dias.

“Nunca tinha visto, mas vamos tentar atender o prazo de 48h”, disse Marcelino Lopes. 

 

 

Flash Yala Sena
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