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Motoristas e cobradores bloqueiam ruas do Centro de Teresina e cobram salários

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Atualizada às 10h25

Motoristas e cobradores do transporte coletivo de Teresina realizam paralisação na manhã desta terça-feira (05). Reunidos na Praça da Bandeira, centro da capital, os trabalhadores protestam pelo pagamento dos salários atrasados e convenção coletiva de trabalho.

O ato teve início por volta das 7h30 e interrompeu tráfego em algumas ruas do centro de Teresina. Passageiros que aguardavam pelos veículos nas paradas tiveram que buscar alternativas para seguir viagem durante o período de paralisação. 

“A construção desse ato é no sentido de que nós possamos está reabrindo a discussão sobre a questão dos pagamentos dos salários atrasos de três empresas, além do mais a questão da nossa coletiva de trabalho que perdura por nove meses e nós não temos nenhuma solução em relação a isso” destaca o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro), Ajuri Dias. 

Além disso, Ajuri Dias destaca que o sindicato não concorda com as planilhas realizadas pela Strans e quem devem realizar levantamentos para avaliar a situação. 

“A gente não concorda em relação a essa situação das planilhas que são colocadas pela Strans, que hoje seria de 130 ônibus que estão circulando na cidade, a gente não concorda com esse percentual e vamos fazer um levantamento do próprio sindicato para ver quantos ônibus estão circulando”, explica o presidente. 

Foto:Roberta Aline/Cidadeverde.com

O presidente do Sindicato destaca ainda que aguarda a assinatura da minuta de convenção para que traga garantia em relação aos benefícios e salários dos trabalhadores.

“A gente enviou uma minuta de convenção sem propositura em relação a questão de reajuste, nós enviamos a convenção de coletiva de 2021 com os mesmo valores de 2020, com salários, ticktes e plano de saúde. Então nós esperamos que essa convenção seja assinada porque vai nós trazer uma garantia em relação a várias situações econômicas como salários, benefícios, jornada de trabalho”, acrescenta. 

Em relação a demissão dos motoristas e cobradores, o presidente esclarece que o número chega a quase 70% do total e que as empresas não apresentam mais os mesmos custos da folha de pagamento dos trabalhadores como era antes da pandemia. 

“A demissão dos trabalhadores gira em torno de 70% do sistema. Hoje nós temos as empresas totalmente enxutas em relação ao que eles tinham antes da pandemia, em relação aos trabalhadores, então eles não tem mais aquele custo que hoje eles colocam como custos enormes e que a Prefeitura deve repassar porque o sistema foi reduzido e automaticamente a folha de pagamento dos trabalhadores foram reduzidas”, ressalta Ajuri Dias.

Com os ônibus liberados da Praça da Bandeira às 10h, Ajuri Dias destaca que os trabalhadores também são parte do sistema de transporte público e que deve iniciar a construção de um debate com possível greve da categoria caso não surja resultados. 

“Nós somos parte desse processo, mas algumas das vezes nós não somos ouvidos em relação as questões desse debate e nós estamos nos achando uma categoria inútil e ela tem poder de mobilização, ela tem poder de luta e é isso que nós estamos fazendo aqui hoje, iniciando a construção de um debate que ele vai se findar se não tiver resultado com o movimento de greve”, finaliza Ajuri Dias.

Foto:Roberta Aline/Cidadeverde.com

A manifestação foi confirmada ainda ontem (04)  pela categoria. Em assembleia ocorrida na semana passada, os trabalhadores decidiram iniciar uma série de protestos reivindicando melhoria salarial e uma nova convenção coletiva de trabalho. 

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro), Ajuri Dias, disse ao Cidadeverde.com que a manifestação também é “por dignidade”. Segundo dados da entidade, cerca de 70% dos trabalhadores do setor foram demitidos desde o início desta grave crise no sistema de transporte público, que se arrasta há pelo menos nove meses. 

“É uma manifestação por questão salarial. Parte dos trabalhadores estão recebendo apenas diárias, apesar de sermos mensalistas. Também queremos resolver a questão da convenção coletiva de trabalho. Estamos há dois anos sem convenção. É por uma questão também de dignidade. Não aguentamos mais”, desabafa Ajuri Dias. O sindicato afirma que o valor da diária para  motorista  varia entre R$50 a R$70 e cobrador R$30 a R$40.

Ainda de acordo com o presidente do Sindicato, os trabalhadores afirmam, ainda, que se as negociações não avançarem, existe a possibilidade de uma greve ser deflagrada.

“Pedimos a compreensão da sociedade, mas precisamos fazer essas ações para ver esta situação é resolvida”, acrescenta o presidente do Sintetro. 

O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) se manifestou sobre a paralisação por meio de nota: 

O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) reitera que o sistema de transporte em todo o país vem enfrentando grandes dificuldades desde o início da pandemia de Covid-19 e em Teresina as empresas do setor não têm conseguido manter suas obrigações trabalhistas, devido às dificuldades financeiras e queda de arrecadação das empresas no sistema. 

O Setut informa ainda que o sistema não tem se sustentado com o arrecadado, e que a falta de aporte financeiro pela Prefeitura de Teresina, conforme firmado legalmente em contrato, tem provocado fortes impactos no setor e desequilíbrio para funcionamento do transporte público. Mantém-se em diálogos com o Ente Municipal, buscando soluções, e esclarecendo que com o fim da medida provisória que susbidiava as folhas de pagamento, mais difícil ainda se encontra a situação atual.

 


Izabella Pimentel e Rebeca Lima 
[email protected] 

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