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30% da população entre 18 e 44 anos bebe em excesso

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Pesquisa divulgada nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde aponta que o consumo abusivo de álcool entre brasileiros chega a 30% na faixa que vai de 18 a 44 anos. A Organização Mundial de Saúde considera consumo excessivo a ingestão de mais de quatro doses de álcool para mulheres e cinco doses para homens em um mesmo momento, como uma festa, por exemplo.
 
O estudo Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) apontou que, no Brasil, o índice geral de pessoas que consomem álcool em excesso é de 19%. Entre as mulheres, apesar de o índice ainda ser bem menor, o consumo subiu de 8,1% da população feminina em 2006, para 10,5% em 2008 - aumento de cerca de 20%.

O Vigitel registrou ainda uma queda no tabagismo, que passou a atingir 15,2% da população em 2008. Em 1989, os índices eram superiores a 34%.

Além disso, caiu de 2% para 1,5% nas pessoas que admitem dirigir após consumo abusivo de álcool. O coordenador do Vigitel, Otaliba Libânio Neto, da Secretaria de Vigilância em Saúde do ministério. credita que retrações se devem à legislação restritiva que surgiu nos últimos anos, proibindo propagandas e restringindo o uso dessas substâncias.

Obesidade

De acordo com o estudo, 43,3% da população está com o peso acima dos níveis recomendados (sobrepeso) e 13% estão obesos. A OMS considera com sobrepeso as pessoas que estão com Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou acima de 25, e obesas as que têm IMC a partir de 30.

"Temos uma tendência histórica de elevação no país e no mundo inteiro de sobrepeso e obesidade. Para reduzir esses níveis é fundamental que a gente avance tanto na prática de exercícios físicos regulares quanto na alimentação saudável", avalia a coordenadora-geral de Doenças e Agravos Não-Transmissíveis do ministério, Deborah Malta.

De acordo com ela, o aumento do consumo de frutas e hortaliças e a diminuição da ingestão de carnes com gorduras ainda não são suficientes para conter essa "epidemia".

Para levantar os dados, adultos das 27 capitais foram entrevistados por telefone, entre junho e dezembro de 2008, sobre consumo de álcool e tabaco, padrão de alimentação, peso e altura, nível de atividade física, perfil sociodemográfico, atualização de exames preventivos e índices de doenças como hipertensão e diabetes.

"Um fator que nos traz preocupação é o aumento do consumo abusivo de álcool para essa tendência de crescimento da obesidade e do sobrepeso", alerta o coordenador do Vigitel, Otaliba Libânio Neto.

O diagnóstico médico prévio de hipertensão arterial também teve um aumento, segundo constatou o estudo. Os números subiram de 21,6% dos entrevistados em 2006, para 23,1% em 2008.

Exame

A saúde das mulheres também foi observada pelo estudo, quanto à realização de exames preventivos. O Vigitel constatou que 71% das mulheres com 50 anos ou mais fizeram mamografia nos últimos três anos e 80,9% das que têm entre 25 e 29 anos fizeram exames de prevenção do câncer do colo de útero.

O percentual de mulheres que passaram por esses procedimentos aumentou, quando o nível de escolaridade também subiu. Em ambos os casos, os índices ultrapassam os 89% em mulheres com 12 anos ou mais de escolaridade. A mamografia é recomendada para mulheres entre 50 e 69 anos pelo menos uma vez a cada dois anos.

Fonte: Terra

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