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Núcleos de Apoio à Saúde da Família aumentarão 1000%

Preocupado com a situaçao da mortalidade infantil no nordeste, o ministro da Saúde José Gomes Temporão anunciou na última sexta (10) uma série de medidas para os estados da região. O Piauí será contemplado com o aumento de mais de 1000% no total de Núcleos  de Apoio à Saúde da Família que são apenas cinco atualmente e totalizarão 58. O governo federal pretende aumentar a quantidade de leitos de Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) – que passarão de 45 para 99 – mais leitos de UTI e cobertura de 100% do Samu.

Entre 2000 e 2007, o Nordeste registrou 161.848 mortes de crianças menores de um ano de idade. Na soma do número de óbitos infantis registrados no Nordeste e na Amazônia Legal, a região nordestina detém 80% do total. Na comparação com o restante do Brasil, as duas regiões concentram 25% do total nacional de mortes de bebês menores de um ano de idade. Capitais da região estão no topo do ranking entre os 192 municípios eleitos prioritários no Nordeste pelo elevado número de óbitos infantis.

Para diminuir, no mínimo, em 5% ao ano a mortalidade infantil, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, assinou um pacto com os governadores do Nordeste. De acordo com a área técnica do ministério, a meta é evitar em números absolutos a morte de bebês. Até o fim deste ano, o ministério deverá investir R$ 20 milhões para impedir que morram pelo menos 1.168 crianças com até 27 dias de nascidas e cerca de 1.700 com menos de um ano de idade.

O Plano para o Piauí

Entre os anos 2000 e 2007, morreram no Piauí 9.354 crianças menores de um ano de idade. O maior número de ocorrências foi verificado na capital, Teresina (2.391 óbitos), seguido por Parnaíba (291), Picos (231), Piripiri (207) e Barras (171). Em todo o estado, o Pacto pela Redução das Desigualdades alcançará 24 municípios eleitos prioritários.

Os municípios prioritários do Piauí são Teresina, Parnaíba, Picos, Piripiri, Barras, Esperantina, Miguel Alves, Pedro II, União, Altos, Piracuruca, Bom Jesus, José de Freitas, Cocal, Castelo do Piauí, Batalha, Luzilândia, Floriano, Corrente, São João do Piauí, São Raimundo Nonato, Valença do Piauí, Oeiras e Paulistana.

Para isto, o Estado deve aumentar o número de Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) que passam dos 5 atuais para 58; aumento no número de leitos de UTI que de 14 sobem para 36; leitos de Unidades de Cuidados Intensivos que serão 99 contra os 45 atuais. OMinistério assinou acordo com nove governadores e prevê investimentos de R$ 20 milhões para reduzir mortalidade infantil, no mínimo, em 5% ao ano, em 192 municípios nordestinos.

“Esse esforço contribui para o cumprimento da meta de número 4 das oito previstas nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio que prevê a redução da mortalidade infantil em 75% até 2015, com base nos índices de 1990”, diz o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Para ele, a mortalidade infantil exige um trabalho conjunto do governo federal, estados, municípios e sociedade.
 

“É inegável que houve uma expressiva queda na mortalidade infantil na região (Nordeste). Entre 1990 e 2007, a taxa caiu de 75,8 para 27,2 óbitos por mil nascidos vivos. Se a média geral do país teve uma redução de 59,7% no mesmo período, o Nordeste avançou e chegou a 64,11%. Mas se comparado a outras regiões a taxa é o dobro da do Sul e do Sudeste”, disse Temporão.

Esta constatação justifica o esforço do governo federal para dar maior atenção ao Nordeste. “Como desafios destaco a maior necessidade de qualificação do pré-natal e das urgências e emergências obstétricas e neonatais. Mas o êxito desse projeto depende de governadores, prefeitos e da sociedade civil organizada, que deverá apoiar com o monitoramento, a avaliação e sugestões para a melhoria do sistema de saúde”, completou Temporão.
 
Da Redação (Com informações da Sesapi)
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