A família de Sara Caroliny,15 anos,  assassinada a golpes de faca em novembro deste mês em Teresina, fez um desabafo e se defendeu de que estaria “vingando” a morte da adolescente.

O corpo de Sara, que estava na grávida de sete meses, foi encontrado no Rodoanel de Teresina. Três suspeitos do crime e foram presos recentemente, dentre eles o pai do bebê, que teria matado a adolescente para não reconhecer a paternidade.

No dia 1º de dezembro, um funcionário e cliente de um trailer localizado no bairro Mafrense foram atingidos por disparos de arma de fogo no local. Em entrevista à TV Cidade Verde, o delegado Menandro Pedro, titular do 7° Distrito Policial  da capital, declarou que indícios apontavam que o verdadeiro alvo do atentado seria irmão de um homem preso recentemente suspeito do assassinato de Sara e que a família da adolescente teria envolvimento. 

Muito abalada, a mãe de Sara, Solimare Borges, afirma que nenhum familiar da adolescente está fazendo “justiça com as próprias mãos” e pediu paz. Depressiva desde que a filha foi morta,  ela diz que toda sua família está sendo vítima de boatos e  todos temem sair de casa com medo de represálias.

“O que é eu quero é a Justiça de Deus e paz na minha casa. Não posso sair de casa porque estou com depressão. Minha mãe, as irmãs dela e está sendo difícil ouvir na televisão alguém ir divulgar coisas que eu não fiz, coisas que eu não quero no meu coração. Estou pedindo a deus que me de forças para eu seguir em frente", desabafou.

A tia de Sara, Silvana Borges, também afirmou que a família da adolescente não tem nada a ver com o ataque ao trailer. Em tom de revolta, ela faz um apelo para que a investigação policial especifique quem foi que tentou matar o irmão do suspeito de participação no crime no trailer. 

“Eu vi na reportagem que o delegado deu esse esclarecimento, mas não especificou quem. Ele disse que é a família. Nós, da família em geral, estamos com medo de sair porque quando se diz a família está dizendo todo mundo. Então se ele tem provas, que ele mostre, não diga que foi a família porque jamais, em momento algum, a  gente quis justiça porque ela não vai voltar”, disse.

O delegado Menandro Pedro, titular do 7º Distrito Policial,  diz que na reportagem não foi concluso em apontar que existe alguém da família da Sara envolvido neste atentado. Ele diz que se referiu a informações que foram coletadas por meio de depoimento que a Polícia Civil já tomou e afirma que o  inquérito para apurar o atentado ainda está em andamento. 

"Nada eu falo que não esteja dentro do inquérito. Quem fala não é o delegado, são pessoas que foram ouvidas. Essas pessoas falam sobre o que pode ter acontecido”,disse. 
A previsão é de que o inquérito seja concluído em 30 dias.

Da Redação
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