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Agente Jack Bauer vira réu no sétimo ano de "24 Horas"

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Jack Bauer está no banco dos réus. Nos EUA de Barack Obama, "24 Horas" --cuja sétima temporada começa nesta terça-- transforma-se e tenta se encaixar à história com "h" maiúsculo. Vivido por Kiefer Sutherland, o agente federal cuja estratégia para buscar terroristas resumia-se a agir quase sempre fora da lei --torturando e matando--, terá de responder por seus crimes.

Jack Bauer (Kiefer Sutherland)
vai ser questionado sobre os
crimes cometidos
 
Coerente com sua ética pessoal, porém, ele não se arrepende do que fez e responde a perguntas de um senador diante de um júri que avalia seu comportamento nos últimos anos.

E vai confirmando, sem remorso, que extorquiu informações de modo ilegal, sequestrou e matou, embora tudo isso resultasse na salvação de milhares de vidas americanas ameaçadas por diferentes ações de redes terroristas.

Pelo andar da carruagem, Jack (Sutherland) deve ir mesmo parar atrás das grades. Porém, subitamente, um novo e mais terrível ataque aos EUA é anunciado. As portas do tribunal são abertas a pontapés. E o FBI resgata Bauer da humilhante sessão, pedindo que o agente veterano volte à ativa --como no clichê dos clássicos romances policiais.

A nova crise tem características e um contexto com o qual, aparentemente, apenas Jack poderá lidar. Porém, ele é imediatamente avisado de que não poderá cometer os abusos do passado. E, para isso, uma jovem, bela e habilidosa oficial é colocada para atuar junto a ele nas investigações. É dela a responsabilidade de não deixar que Bauer saia barbarizando como de costume.

 
Ética em xeque

Essa agente é Renee Walker, vivida pela atriz Annie Wersching, que falou à Folha, por telefone. "Minha personagem parte de uma posição bastante segura, mas, ao conhecer Jack, sua ética é posta em xeque."

Isso acontece porque Walker aos poucos vai percebendo que a seriedade da crise é tamanha, e seus meandros tão complexos, que apenas as soluções extremas de Jack podem levar aos verdadeiros culpados.

"Aí começa um movimento duplo. Ele mostra-lhe que seus meios obscuros, apesar de cruéis, são essenciais, uma vez que o próprio governo está infiltrado por terroristas. Enquanto isso, ela faz com que Jack volte a prestar atenção ao seu lado mais humano", diz.

Assim como nas temporadas anteriores, a ameaça terrorista não vem de uma única fonte. Até para dissipar as críticas ao seriado, de que apresentaria uma visão estereotipada e preconceituosa do Islã e de certos países, o roteiro sempre coloca entre os protagonistas do "Mal" algum indivíduo ou organização norte-americanos.

No caso em questão, os ataques --que envolvem sequestros de avião e uma invasão à Casa Branca-- são planejados pelo ditador de um país africano imaginário, ocupado pelos EUA. A logística das operações, porém, depende de um grupo armado de ultranacionalistas, baseado em Washington.

 
Inovação

Quando "24 Horas" surgiu, em 2001, não foi só o contexto político e o medo que se generalizou depois dos ataques do 11 de Setembro que impulsionaram a audiência do seriado.

Também o formato inovador criou um novo tipo de suspense televisivo. Com um infernal reloginho que aparece e apita entre uma cena e outra, a história acontece em tempo real.

Cada episódio corresponde à uma hora de um dia na vida dos EUA, de Jack Bauer e dos espectadores --sim, se você está na sétima temporada sem perder nenhum episódio é sinal de que já passou seis dias inteiros vendo Jack e suas façanhas...

"Essa estrutura deu uma força incrível para o elemento-surpresa", diz Wersching. A atriz acrescenta que os sinais de romance entre ela e Jack vão crescer ao longo da temporada. Mas alerta: "Há algo no ar, mas é difícil pensar em sexo quando se está tentando salvar o mundo. Ou não?".

24 Horas
Quando: terça, às 22h, na Fox
Classificação indicativa: não recomendado a menores de 14 anos
 
 
 
Fonte: Folha Online
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