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Teresina registrou 800 cães com calazar em dois meses neste ano

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Não é só a dengue que preocupa as autoridades da saúde pública de Teresina. O calazar, doença transmitida também por picada de mosquito, apresentou elevado número de casos nos dois primeiros meses deste ano em relação a igual período do ano passado.

Segundo o gerente de Zoonoses da Fundação Municipal de Saúde, Romualdo Spíndola, somente nos meses de janeiro e fevereiro foram registrados mais de 800 casos de cães soropositivos. No ano passado, o número de animais infectados chegou a 1.521 durante todo o ano conforme dados da Gerência de Zoonoses. Além disso, em 2009, 4 pessoas morreram vítimas do calazar.
 
Foto: Cidadeverde.com

Doença do cão é transmitida ao homem pelo mosquito flebotomíneo

Com a chegada de novos kits foi reiniciado o inquérito sorológico nos bairros da cidade com a realização dos exames. Os animais positivos são recolhidos e levados para a eutanásia. Os cães são os maiores transmissores do calazar devido ao grande número existente.

Romualdo Spíndola disse que o maior obstáculo para o sucesso da campanha preventiva contra o calazar em Teresina é a recusa dos donos de cães de entregar os animais infectados para os agentes para que os mesmos sejam eliminados, evitando, assim, a contaminação de outros cães e também de seres humanos. Segundo ele, a recusa chega a 40% dos casos confirmados.

Outra dificuldade encontrada pelos agentes que trabalham na borrifação das residências é a grande rejeição da população em deixá-los realizar esse trabalho para a eliminação do mosquito flebótomo, transmissor do calazar. A borrifação envolve cerca de 600 agentes.

A Fundação Municipal de Saúde recomenda aos proprietários de cães que façam os exames periódicos em seus animais, principalmente no período chuvoso, quando aumenta o número de mosquitos e o perigo de transmissão do calazar.
 
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