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Economista avalia novo aumento da gasolina e defende alternativas

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Diversos fatores explicam o novo aumento nos combustíveis anunciado pela Petrobras e que passa a valer nesta sexta-feira (11). O economista Valmir Falcão Sobrinho destaca que, além do contexto de guerra entre Rússia e Ucrânia, a política de preços utilizada pela Petrobras, atrelada ao dólar e ao mercado internacional, potencializa os aumentos que marcaram os últimos meses. 

"O Brasil, embora seja autossuficiente de petróleo cru, ele não tem condições, porque ele manda uma parte do petróleo para ser refinado fora. Quando ele sai refinado, entra na política da Petrobras, que é uma política de equalização de dólar. Na hora que o petróleo cru sai que volta refinado já entra impactado pelo dólar e isso influi positivamente na questão do preço da Petrobras", destacou. 

O economista também destaca que, após o novo aumento dos combustíveis, outros produtos também devem ser reajustados no Brasil nos próximos dias. 

“Todo o nosso transporte é modal rodoviário, ou seja, todo produto é transportado em rodovias, carretas. Realidade diferente de outros países. A Europa tem uma grande parte do transporte ferroviário ou aquaviário. O transporte rodoviário, com o alto preço do oleio diesel, ele impacta no preço final, seja em qualquer produto. Isso tem a ver com todo e qualquer comportamento do consumidor brasileiro, porque vai impactar no preço”, explicou. 

Ainda segundo o economista Valmir Falcão, a tendência é que novos aumentos aconteçam nos próximos meses. Ele ressalta a necessidade de uma união de esforços, entre estados e o governo federal, para tentar amenizar a situação. 

“O governo tem que buscar alternativas. já tramita no congresso um projeto para reduzir a tributação dos combustíveis. PIS E Confins. E aí tem que ter um esforço e a união dos governadores, para reduzir também o ICMS. Afinal, o ICMS do petróleo é um peso muito significativo”, defendeu. 

Novo aumento

Após quase dois meses com os preços congelados, e em meio a pressões para não trazer a volatilidade do mercado externo para o Brasil, a Petrobras anunciou que vai aumentar a gasolina em 18,7%; o diesel, em 24,9%; e o gás de cozinha em 16%, reduzindo assim a defasagem da estatal em relação ao mercado internacional, que já beirava os 50%.

 


Natanael Souza
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