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Sem pagamento, médicos param cirurgias no Piauí

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O Sindicato dos Médicos confirma a paralisação dos procedimentos cirúrgicos por 48 horas, a começar de hoje. A categoria alega que até o momento nenhuma providência foi tomada e o pagamento da produtividade relativa aos procedimentos que foram realizados ainda no ano passado não foram pagos. Em assembléia realizada na noite de ontem, os médicos decidiram que, caso o pagamento não aconteça até o dia 04/05, a categoria vai parar consultas e cirurgias por mais cinco dias.

“Os procedimentos cirúrgicos foram realizados, o dinheiro foi repassado da esfera federal para a municipal e até agora a produtividade não foi paga. Passou um mês, dois meses os médicos trabalhando sem receber. Mas no terceiro mês de espera a categoria não agüentou mais. Se nós não reclamássemos, esse dinheiro seria desviado. Isso iria virar uma bola de neve”, explica Leonardo Eulálio, presidente do Sindicato dos Médicos.

Ele alega ainda que, além de não estarem sendo pagos, os valores de cirurgias e consultas há 20 anos não são reajustados. “Nós trabalhamos nos finais de semana, feriados, de madrugada e nosso esforço não é visto. Além de não pagarem, há 20 anos não há reajuste. As autoridades atribuem para si a melhoria do sistema de saúde. Políticos em busca de proventos eleitoreiros se beneficiam da saúde. Mas Teresina só é um polo de saúde pelo esforço dos médicos”, completa.

Em entrevista ao Notícia da Manhã, o presidente da Fundação Municipal de Saúde Firmino Filho disse que a paralisação é sem propósito. “Tivemos várias negociações. O que está acontecendo é um problema no pagamento da produtividade de cirurgiões no HGV. A nossa parte foi paga. Não sei porque isso está acontecendo.O SUS contrata prestador de serviço. O SUS faz o pagamento. Nós temos a obrigação de fazer o pagamento dos hospitais municipais. Além disso, existe um lapso de tempo de 45 dias entre a realização do procedimento até o pagamento porque o SUS faz o cálculo para cada hospital e efetua o pagamento neste período”, explica o presidente.
Leilane Nunes
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