O presidente da comissão piauiense que estuda o litígio entre Ceará e Piauí, deputado Antônio Uchôa (PDT), informou ao CidadeVerde.com que o impasse deve estar solucionado até o fim de 2009. Segundo o parlamentar, o Piauí deve ganhar até cinco mil novos habitantes com a solução do problema.
“Cerca de oito mil pessoas estão na área do litígio. O Piauí deve ficar com até dois terços deste total”, calcula o deputado. Para ele, a dissolução do impasse é importante e trará muitos benefícios à população. “Há uma disputa por alunos e pessoas quando os prefeitos têm de fazer cadastros para receber recursos do governo federal. Já quando se trata de despesas, construção de estradas, fica um jogando para o outro. Ninguém quer ter obrigação”, analisa.
Uchoa explica que a área comum aos dois estados surgiu em 1821 quando padres cearenses pediram a posse das terras de Amarração (atual Luis Correia). Como o governo do Piauí pediu as terras de volta, asolução do governo imperial foi dada através de uma demarcação de terras ao longo da Serra da Ibiapaba que acabou não sendo respeitada.
A área total do impasse é de 3.210km² e engloba 13 municípios. Segundo Uchôa a principal dificuldade estaria no município de Poranga que com a primeira proposta do Piauí perderia cerca de 80% da sua área seguindo a Serra da Ibiapaba. A nova solução do governo o limite da cidade seria determinado pelo rio Macambira, fazendo com que a perda das terras seja de apenas 30%. "Nos demais municípios a situação está bem encaminhada. Há uma boa vontade dos governadores e dos deputados estaduais em resolver o problema que deve estar concluído até o fim deste ano", afirma o Antônio Uchôa.
Carlos Lustosa Filho
