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Prefeitura de Teresina não aceita repassar R$ 1, 2 milhão e empresários vão rever planilha

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Foto: Ascom

 

Membros da Prefeitura de Teresina se reuniram com empresários do transporte público nesta quinta-feira (7). O objetivo do encontro foi buscar um consenso para colocar um fim na greve de motoristas e cobradores que foi iniciada no dia 21 de março. Os empresários pediram para a prefeitura um repasse de R$ 1,250 milhão, que não foi aceito e agora eles devem se reunir novamente para tentar reduzir esse valor, para chegar a um acordo.

Na sala de reunião, estava o superintendente dos Transporte de Teresina, major Claudio Pessoa e o secretário de Governo, André Lopes, além do empresário Edimilson Carvalho, presidente do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut).

Major Claudio Pessoa explicou que os empresários apresentaram uma proposta para que a Prefeitura de Teresina conceda um aporte financeiro de mais R$ 1,250 milhão. A proposta da administração municipal é de que esse valor seja de R$ 800 mil. Ele ressaltou também que a prefeitura já paga mensalmente aos empresários R$ 1,2 milhão, podendo dar o aumento de R$ 800 mil, chegando ao montante final de R$ 2 milhões. 

Foto: Ascom

Reunião de empresários e membros da prefeitura

“Eles [empresários] solicitaram R$ 1,250 milhão . A Prefeitura já tinha proposto R$ 800 mil reais. O prefeito foi muito claro, a Prefeitura já dá um aporte financeiro de R$ 1,2 milhão e chegaríamos a R$ 2 milhões. Isso indiferentemente, é um valor que já saí da Prefeitura”, disse o superintendente da Strans.

Ao Cidadeverde.com, o secretário de Governo, André Lopes, afirmou que a Prefeitura de Teresina não tem condições financeiras para arcar com o valor pedido pelos empresários. 

“A proposta que eles colocaram hoje foi de R$ 1,250 milhão, mas esse valor a prefeitura não tem como chegar. Então conversamos com eles, eles vão ver o que é possível cortar daí para tentar chegar em um lugar comum. Eles vão se reunir e vão dar para a gente uma outra proposta. Eles também vão ouvir o Sintetro, pois não vão ser excluídos da negociação”, explicou.

Sem um acordo, a expectativa é que os empresários realizem uma reunião, para definir um novo valor, e que apresentem uma a proposta à gestão municipal.

Empresários acreditam em acordo

Após a reunião, os empresários informaram que ocorreu um avanço na negociação, e que eles esperam que a prefeitura possa dar um aporte maior que os R$ 800 mil para que possa ser fechado o acordo, com a assinatura da convenção coletiva dos trabalhadores, o que tem sido uma exigência dos motoristas e cobradores que estão em greve

“Houve avanços, apresentamos para a prefeitura que foi reaberta a negociação como o sindicato laboral e teve um bom termo entre todas as partes para que possamos ceder um pouco em nome da regularização e do retorno do transporte de Teresina. O objetivo é um repasse, um subsídio, aonde seja possível o fechamento do acordo coletivo junto a categoria e que isso proporcione a retomada do transporte em Teresina. Achar um ponto de equilíbrio, onde todas as partes possam ceder um pouco para que sejam retomadas as atividades”, afirmou o empresário Mauro Cordeiro.

Ele explicou que a prefeitura precisa melhorar a proposta, pois os recursos arrecadados nas catracas ainda não são suficientes e explicou que esse valor de R$ 1,250 milhão seria para subsidiar os reajustes com combustível e o acordo com os trabalhadores para assinatura da convenção coletiva. Segundo Mauro Cordeiro, os empresários vão discutir um novo valor e é importante que todas as partes colaborem para que o acordo seja fechado.

“A prefeitura apresentou um plano de R$ 800 mil e com esse valor infelizmente ainda não foi possível viabilizar o acordo laboral e estamos tentando achar um caminho alternativo, mais rápido possível. Ter uma melhora na proposta da prefeitura, onde as empresas pudessem ceder um pouco da proposta e tem um acordo com o sindicato laboral”, destacou.

 

 

Paula Sampaio e Bárbara Rodrigues
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