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A importância da atividade física na recuperação da covid-19

 

Depois de muitos estudos sobre o tema, pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) e outras instituições ao longo dos países concluíram que a atividade física reduz de forma significativa as sequelas de quem contraiu o COVID-19. Dessa forma, após passar os principais sintomas, é recomendado que o paciente vá introduzindo, aos poucos, a atividade física em rotina.

Contudo, muitas pessoas ainda ficam em dúvida se é realmente seguro, como se exercitar após a COVID-19 e quais são essas sequelas tão preocupantes que podem afetar a sua qualidade de vida. Quer saber sobre o assunto, como começar a se exercitar após o coronavírus e as principais recomendações? Fica com a gente que vamos te contar tudo e garimpar os principais dados para você!

Quais são as principais sequelas após o COVID-19?

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), as principais sequelas acometem sistemas de sobrevivência e órgãos vitais, como o coração, pulmão e o sistema neurológico, e normalmente esses sintomas aparecem após a fase aguda da doença. Ou seja, se você recém saiu de um quadro de COVID-19 e agora está se recuperando, precisa ficar de olho em qualquer alteração.

Para você se proteger, fique alerta a estes sintomas do sistema neurológico: dificuldade de raciocínio, nevoeiro mental, distração ou até mesmo crises de ansiedade e depressão. Se você sentiu esses sintomas de forma mais forte após o COVID-19, não hesite chamar um médico. Já no sistema respiratório, você deve chegar se: não está com dificuldade para respirar, falta de ar, tosse persistente, respiração curta, dor nas costas ao respirar. Em qualquer um desses sintomas, também busque atendimento de urgência.

Vale a pena citar, também, outros sintomas que são clássicos do coronavírus e que muitas pessoas não sabem que estão ligados ao COVID-19. Veja só:

Perda de paladar e olfato (anosmia): Esse é um sintoma clássico, alertado desde o início pelos médicos e profissionais de saúde. Nem sempre a perda do olfato ou paladar é completa, pode ser parcial. Se esse sintoma está persistindo há semanas, é importante procurar um médico para verificar a sua saúde. Esse sintoma acontece porque o vírus do COVID-19 produz uma inflamação local no epitélio olfativo do indivíduo, e dessa forma, leva a não sentir plenamente o gosto dos alimentos também.

Fadiga persistente: A fadiga é um sintoma que pode estar ligada a diversas doenças, como anemia, fibromialgia, doenças inflamatórias, deficiência de ferro e vitamina B9 (ácido fólico), etc. Mas também é uma consequência ou sintoma da infecção por COVID-19. De acordo com estudos feitos na UEL (Universidade Estadual de Londrina), esse sintoma é um dos mais relatados pelos pacientes, perdendo apenas para a anosmia. Dessa forma, toda a vida do indivíduo é afetada, não conseguindo desempenhar as suas funções ou até mesmo trabalhar. 

Falta de ar: Um dos sintomas mais perigosos do COVID-19 é, sem sombra de dúvidas, a falta de ar. A falta de ar pode acarretar crises de asma e até mesmo a baixa do oxigênio no sangue, o que pode trazer condições fatais ao paciente. De acordo com pesquisas, 1 a cada 4 pacientes com o vírus passam por esse sintoma, que ocorre quando os pulmões e todo sistema respiratório estão lutando bravamente contra o novo coronavírus. Contudo, também tem a ver com fatores emocionais, cardiovasculares, neuromusculares, etc.

Como os exercícios físicos podem me ajudar a tratar as sequelas do COVID-19?

Depois de saber um pouco mais sobre as principais sequelas do novo coronavírus, é interessante lembrar que uma das formas de amenizar e lidar com elas é por meio do exercício físico. Essa orientação surgiu após uma pesquisa na Universidade de São Paulo (USP), ao verificar de perto como a atividade física, principalmente a aeróbica, ajuda na reabilitação dos pulmões, sistema cardiovascular e outros sintomas pós-COVID.

Contudo, essa prática de exercícios deve ser orientada e feita sob cuidado e supervisão, visto que o organismo e órgãos afetados ainda não estão prontos para grandes esforços. Dessa forma, cabe ao paciente buscar orientação médica e de um profissional de educação física para montar o treino ideal para a sua condição.

Hoje em dia, os profissionais de saúde seguem o protocolo publicado no BMJ (British Medical Journal), por meio de um artigo, que mostra a segurança de determinados exercícios em cada fase da doença, e assim, evitar o risco de problemas maiores ou até mesmo o agravamento do quadro.

De acordo com o artigo e as pesquisas atuais, na primeira e segunda fase do novo coronavírus instalado no organismo, é orientado que o paciente, apesar de não se sentir bem, não fique 100% parado. É possível escolher atividades leves como caminhadas, até mesmo dentro de casa, ou alongamentos. Claro, sem esquecer de manter a rotina de medicações prescritas pelo seu médico de confiança, muita hidratação e também alimentação equilibrada, que ajudam muito na recuperação de modo mais efetivo.

No período entre a troca de fases, pode ser que alguns sintomas se agravam, e por isso, os cuidados com o paciente devem ser intensos e monitorados. Na terceira e quarta fase da atuação do vírus no nosso corpo, o paciente, se sentir-se bem, já pode progredir para atividades mais desafiadoras e que instiguem mais o seu condicionamento físico. Dessa forma, poderá fazer corridas mais rápidas, natação, bicicleta, corrida no lugar, etc. Contudo, sem exagerar. Seu corpo ainda está se recuperando!

Por fim, é importante ressaltar que na troca de cada fase, você deverá respeitar o período de 7 dias para o seu corpo descansar de forma plena. Apesar de o exercício melhorar e muita a sua saúde, o descanso também é fundamental. Portanto, assim que o paciente já estiver tranquilo e passar pelas quatro fases, poderá começar, pouco a pouco, buscar um ritmo de exercícios mais intensos, e voltar a sua vida normal.

 

 

Da Redação 
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