Foto: Divulgação/ ASCOM UFPI
O Grupo de Estudos sobre Abelhas do Semiárido Piauiense (GEASPI/UFPI) da Universidade Federal do Piauí (UFPI) realiza ações de extensão sobre educação ambiental, capacitação de apicultores e estudos sobre abelhas. Sob coordenação da professora Juliana do Nascimento Bendini, o grupo está lotado no Campus Senador Helvídio Nunes de Barros, em Picos.
Atualmente, as pesquisas promovidas contam com a participação de estudantes dos cursos de graduação em Licenciatura em Educação do Campo, Ciências Biológicas do mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente.
Segundo Juliana Bendini, uma das pesquisas do grupo é relacionada à análise da origem botânica do mel produzido por apicultores da área de abrangência de importantes cooperativas da região de Picos. “Essas cooperativas são responsáveis pelas maiores exportações do Brasil”, explicou.
A identificação da origem botânica possibilita a caracterização nutricional do mel do semiárido, projeto que acontece em parceria com a Pró-Reitora de Ensino de Pós-Graduação, Regilda Moreira-Araújo, docente também lotada no Departamento de Nutrição.
A professora Regilda Moreira-Araújo conta que anteriormente não havia pesquisa sobre a caracterização do mel piauiense. “O mel é um alimento funcional, um desses aspectos é a ação antioxidante. Então, ele auxilia e ajuda a prevenir doenças cardiovasculares, hipertensão e obesidade. Por isso, é necessário o estudo para quantificar e identificar os compostos presentes nos méis da região de Picos, até mesmo com a intenção de fazer a recomendação adequada”, pontuou.
Aliando teoria à prática, o GEASPI ainda estuda as estratégias de manutenção dos enxames de abelhas Apis mellifera durante o período seco. Desse modo, o grupo tem realizado experimentos que validaram a eficiência do fornecimento interno de água nas comeias e esse procedimento tem sido divulgado e já utilizado por apicultores que relataram terem sido bem-sucedidos para manter os enxames durante o período de estiagem.
O apicultor Eriques Silva fala da relevância dos conhecimentos transmitidos nas ações do projeto. “As informações nos ajudam a entender sobre a qualidade do mel e os problemas que passavam despercebidos. Nós aprendemos e conseguimos agregar maior valor ao nosso produto”, destacou.
Ao total, cerca de 50 produtores da região encaminharam amostras de mel.
ASCOM/UFPI