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Veja como o uso excessivo de telas pode prejudicar visão de crianças

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Foto: Freepik



As crianças que antigamente tinham uma rotina de brincadeiras na rua, parques e escola hoje passam mais tempo conectadas em dispositivos eletrônicos jogando, estudando ou conversando de forma remota ao invés do contato presencial. Mas o que muitos não imaginam é que esse uso em excesso pode fazer mal à saúde visual dessas crianças.

“Podemos somar a pandemia nessa mudança de hábitos também, que tornou o afastamento social ainda maior, fazendo com que brincadeiras coletivas acabassem diminuindo. Os millenials, muito antes dos celulares e tablets, já tinham uma propensão à tecnologia, uma vez que os televisores eram mais acessíveis do que a geração anterior, fora o acesso a jogos eletrônicos. O que antes as crianças se juntavam para jogar videogame na casa de um amigo, hoje não é mais necessário, devido a rede social em torno”, explica o optometrista Paulo Henrique Oliveira.

Ainda segundo o especialista, outro fator fundamental para o aumento do uso de telas na atualidade é o poder aquisitivo e a popularização de smartphones. Eles apresentam conteúdos dinâmicos e variados e, assim, dão mais opções de entretenimento à criança, “facilitando” o trabalho dos responsáveis. 

E, com isso, os maiores prejuízos visuais para as crianças estão diretamente ligados ao desenvolvimento de um problema de vista. “Com o uso contínuo desses dispositivos muito próximos dos olhos, a musculatura interna do olho tende a fazer mais força do que deveria, causando muito cansaço visual ao longo do dia e podendo até fazer com que a criança passe a enxergar mal, principalmente para longe. Há pesquisadores que acreditam que o uso excessivo das telas irá causar uma ‘epidemia de miopia’ até 2050”, relata Paulo Henrique. 


Como identificar os sintomas do uso excessivo? 

Os sintomas afetam não somente as crianças, mas também os adultos. “Eles podem sentir dores de cabeça na região da testa e em torno dos olhos, ardência ocular, coceira e lacrimejamento. Se os pais, responsáveis ou educadores notarem que a criança costuma coçar muito os olhos ou reclamar de dor de cabeça, podemos ter um quadro de alteração visual causado pelo uso das telas. Um outro sinal é a falta de concentração, especialmente quando tenta ler. Isso também pode acometer os adultos, então vale prestar atenção”. 

Apesar de grandes impactos é possível tratar esses prejuízos visuais. E o primeiro passo é identificar o problema. Depois de analisar o comportamento visual, testes específicos são feitos a fim de medir a função visual, como o modo que ela lê, o quanto enxerga, movimentação ocular, força muscular, entre outros. 

“Após a identificação, é montado um plano terapêutico baseado em resolver o problema e aumentar a performance visual, seja pelo uso de óculos, prismas, exercícios, ou a combinação deles. Assim, o ideal seria os pais levarem seus filhos em idade pré-escolar e escolar para uma avaliação optométrica, de forma que o profissional consiga analisar e identificar alguma alteração de ordem visual que no futuro pode gerar algum prejuízo não somente escolar, mas para a vida cotidiana do cidadão”, explica.

 

Da Redação
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