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Anemia afeta mulheres e crianças em Teresina

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A anemia é um problema para mulheres e crianças, que precisam de cuidados especiais. Dados do Ministério da Saúde mostram que a anemia afeta 20,9% das crianças brasileiras com menos de cinco anos de idade e 29% das mulheres com idade entre 15 e 49 anos. No Nordeste, o percentual sobe para 25,5% entre as crianças e 45% entre as mulheres. Proporcionalmente, o município de Teresina segue a mesma tendência nacional.

Segundo a coordenadora de Ações Assistenciais da Fundação Municipal de Saúde (FMS), médica Amariles Borba, as pessoas precisam ficar alertas para os graves problemas que a anemia pode provocar em mulheres e, principalmente, em bebês de mulheres anêmicas. Segundo ela, essas crianças podem ter malformação do sistema nervoso e doenças como lábio leporino, goela-de-lobo e mielomeningocele, que são danosas para o futuro adulto.

Além dessas doenças, a criança, mesmo nascendo em tempo normal de gravidez da mãe, pode apresentar peso muito abaixo do normal, correndo inclusive risco de morte no primeiro ano de vida. Se a criança chegar à idade escolar, apresentará baixa atividade cognitiva, não conseguindo aprender o que lhe é transmitido na escola.

Amariles Borba considera a situação preocupante e aconselha o tratamento adequado da doença com o consumo de alguns alimentos ricos em ferro que servem tanto para a cura como para a prevenção. Para uma criança anêmica, ela recomenda uma dose diária de 3 a 5 mg de sulfato ferroso uma hora antes da refeição e por um período de 90 dias, no mínimo.

Em relação aos alimentos, a médica diz que não precisam ser de alto custo; basta que tenham mais ferro, como feijão, fígado de qualquer animal e frutas, como o caju, consumido junto com a refeição. Também combatem a anemia as folhas verde-escuras, como a couve e as da batata doce, da beterraba e da macaxeira. A rapadura, o mel de cana e o caldo de cana também são eficazes no combate e prevenção da anemia.

Os levantamentos sobre anemia em Teresina mostram que a incidência da doença entre mulheres e crianças é proporcional aos índices nacionais. Amariles Borba revela que a população local tem acesso ao hemograma, um exame simples que mostra a intensidade da anemia. “Muitas pessoas abandonam o tratamento e não tomam os remédios como devem tomar, por isso ficam prejudicadas”, adverte.

Na capital piauiense existe um programa do Governo Federal para o combate à anemia. Ele  garante medicamentos às crianças de 6 a 18 meses e mulheres grávidas a partir do quarto mês de gestação até três meses após o parto. As mulheres que sofrem aborto devem ingerir medicação à base de ferro até 3 meses após o aborto.

Redação
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