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Em ligação, Zelenski discute com Bolsonaro exportação de grãos e pede apoio a sanções

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Foto: Reprodução/Redes Sociais

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, disse nesta segunda-feira (18) que discutiu com o brasileiro Jair Bolsonaro (PL) a importância das negociações para destravar a exportação de grãos do país de forma a, nas palavras dele, "prevenir contra a crise global de alimentos provocada pela Rússia".

Bolsonaro havia dito, na quinta (14), que falaria com Zelenski nesta segunda. Segundo o presidente, ele apresentaria a solução para o fim do conflito. "Vou dar minha opinião a ele, o que eu acho. Eu sei como seria a solução do caso, mas não vou adiantar. Como acabou a guerra da Argentina com o Reino Unido em 1982? É por aí", disse à CNN Brasil.

O presidente se referia à Guerra das Malvinas, que completou 40 anos em abril e teve fim quando as forças argentinas se renderam aos britânicos, que tinham recebido apoio militar de aliados europeus e dos EUA. Não está claro, porém, se a rendição é a sugestão que o presidente brasileiro faria a seu homólogo ucraniano.

O ucraniano não comentou essa declaração. Em um tuíte, se resumiu a dizer que informou Bolsonaro sobre a situação no front. "Convoco todos os nossos parceiros para que se juntem às sanções contra o agressor", escreveu.

Esta foi a primeira vez que os dois líderes se falaram desde o começo da guerra –Bolsonaro esteve com Vladimir Putin em Moscou dias antes da invasão à Ucrânia e teve ao menos um telefonema com o russo. O presidente brasileiro e o Itamaraty já fizeram críticas à estratégia de sanções adotada pelo Ocidente para isolar o Kremlin.

A viagem e o encontro com Putin foram episódios conflituosos na agenda diplomática brasileira, com parceiros como os Estados Unidos criticando-os e agindo para tentar cancelá-los. O governo, porém, tem defendido neutralidade no conflito, entre outros motivos, devido à alta dependência de fertilizantes importados da Rússia.

Nesta semana, Rússia e Ucrânia devem voltar a ter rodadas de negociação, mediadas pela Turquia e pela ONU, para destravar a exportação de grãos.

 

Fonte: Folhapress 

 

 

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