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Cerca de 69% dos exames toxicológico testam que motoristas usam cocaína

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Cerca de 69% dos exames toxicológicos que apontam a presença de entorpecentes no organismo de motoristas profissionais, a predominância é de cocaína. Os números foram apresentados por Renato Dias, presidente da Associação Brasileira de Toxicologia (ABTox), em entrevista ao Jornal do Piauí desta quinta-feira (04).

"A ABTox, através dos laboratórios credenciados, realizou um estudo com mais de 800 mil laudos que deram positivos. Pedimos para identificar a droga predominante e para nossa surpresa e preocupação, 69% de todos os exames positivos a droga mais encontrada foi a cocaína", afirmou o líder da entidade, formada pelos quatro principais laboratórios nacionais de exame toxicológico do país. 

O especialista explicou que muitos condutores fazem uso de substâncias ilegais como estimulantes para inibir o sono, porém, adverte que os perigos dos efeitos adversos. “Afeta o sistema nervoso central do corpo e na abstinência pode causar crises  para visualizar coisas, imagens e sair totalmente do seu controle psicomotor, podendo causar acidentes gravíssimos com vítimas fatais", alertou.

Por conta disso, Renato Dias ressalta a importância dos profissionais com Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nas categorias C, D e E manterem seus exames toxicológicos sempre atualizados, uma vez que ele é fundamental para identificar condutores que façam uso regularmente de alguma substância psicoativa.

Com que frequência o exame é feito? 

“O Código Brasileiro de Trânsito preconiza que o motorista profissional é obrigado a fazer o exame no processo de obtenção ou renovação da sua CNH, bem como a cada 30 meses. É um exame periódico. Por exemplo, quem tira CNH e tem menos de 50 anos, ela tem validade de 10 anos. Nesse período, a cada dois anos e meio é preciso se realizar o exame toxicológico periódico sob pena de multa de R$ 1.467 e o direito de dirigir suspenso por 60 dias”, explicou o presidente da ABTox.

Como o exame é feito?

Os condutores devem realizar o exame toxicológico em laboratórios credenciados pelo DENATRAN, junto ao posto de coleta contratado pelo laboratório. O exame é realizado a partir da coleta de uma pequena amostra de pelos, sendo um procedimento rápido e indolor. O valor máximo cobrado para a realização do teste é de R$ 187.

“Essa amostra será coletada em dois envelopes e enviado para um laboratório credenciado pela DENATRAN, que realiza as análises clínicas e depois o resultado, positivo ou negativo será postado na base de dados do Registro Nacional de Condutores Habilitados (RENACH) sem a identificação do condutor”, esclareceu Dias.

Breno Moreno
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