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Moraes determina bloqueio de contas bancárias de empresários alvos de operação da PF

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Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

A operação da Polícia Federal contra empresários bolsonaristas que defenderam um golpe de estado caso o ex-presidente Lula vença as eleições enfureceu ministros e estrategistas da campanha do presidente Jair Bolsonaro.

Um dos maiores motivos para a indignação foi a quebra de sigilo bancário dos empresários. Além disso, Moraes determinou o bloqueio das contas bancárias, o bloqueio das contas dos empresários nas redes sociais e a tomada de depoimentos de todos eles.

Entre os alvos da operação estão amigos pessoais do presidente da República, como o empresário Luciano Hang, da Havan, e o construtor Meyer Nigri, da Tecnisa. Foram alvo da PF também José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan, Ivan Wrobel, da Construtora W3, José Koury, do Barra World Shopping, André Tissot, do Grupo Sierra, Meyer Nigri, Marco Aurélio Raimundo, da Mormaii, e Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu.

Um integrante do governo afirmou à reportagem que ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou a busca e apreensão, deu um "tiro no pé" e que todos os empresários do país vão se solidarizar com o grupo. Ele definiu as ordens do magistrado como absurdas.

De acordo com esse auxiliar direto de Bolsonaro, José Isaac Peres, por exemplo, é um dos maiores empresários do Brasil e está em dezenas de grupos de Whatsapp. Por isso, praticamente todos os grandes empresários brasileiros ficariam agora expostos.

Os alvos da operação trocaram mensagens no aplicativo sobre a possibilidade de um golpe de estado caso Bolsonaro perca as eleições.

A revelação foi feita pelo colunista Guilherme Amado no site Metrópoles.

A reportagem mostra José Koury, dono do shopping Barra World, no Rio de Janeiro, afirmando aos amigos preferir uma "ruptura" do que o retorno de petistas ao Palácio do Planalto.

"Prefiro golpe do que a volta do PT. Um milhão de vezes. E com certeza ninguém vai deixar de fazer negócios com o Brasil. Como fazem com várias ditaduras pelo mundo", afirmou ele.

Marco Aurélio Raymundo, conhecido como Morongo, que é médico e dono da empresa de roupas e itens de surfe Mormaii, respondeu às mensagens de Koury: "Golpe foi soltar o presidiário.

Golpe é o "supremo" agir fora da constituição. Golpe é a velha mídia só falar merd*".

Afrânio Barreira, dono do Grupo Coco Bambu, defensor do presidente Bolsonaro publicamente, comentou a mensagem de Koury com uma figurinha de um homem dando "joinha".

O empresário André Tissot, do Grupo Sierra, empresa que fabrica móveis de luxo, foi além e disse que o certo teria sido um golpe assim que Bolsonaro tomou posse.

"O golpe teria que ter acontecido nos primeiros dias de governo. [Em] 2019 teríamos ganhado outros 10 anos a mais. ...".

Depois da publicação da reportagem, eles divulgaram notas dizendo que respeitavam a democracia e não defendiam a implantação de uma ditadura militar no Brasil.

 

Fonte: Folhapress (Mônica Bergamo) 

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