Luís Antonio constatou através de documentação conseguida em cartório que o prefeito teria assinado um contrato de doação de duas áreas. Uma delas, de 999,8 hectares, teria acarretado um retorno de R$ 26 mil para a prefeitura. A outra, de 1.365 hectares, teria custado R$ 36 mil. O contrato foi firmado no dia 16 de outubro do ano passado, cerca de 10 dias após a eleição.
O grupo usaria o terreno para a construção de uma usina eólica. Até o momento em que fosse colocada em funcionamento, o acordo diz que o grupo pagaria R$ 65 mil por mês para a prefeitura. Após entrar em funcionamento, o valor corresponderia a 1,7% do faturamento total anual, cerca de R$ 1,5 milhão.
Existem documentos que comprovam que somente para Antonio José de Sousa a prefeitura doou mil hectares há muito tempo. “O contrato é ilegal. Estamos analisando juridicamente e queremos entrar com uma ação civil pública para anular. O cartório diz que o município não tem essa área toda. Para apenas uma pessoa teria sido feito um aforamento de mil hectares há muitos anos e agora essa área está sendo colocada no processo. Estima-se que existam cerca de mil hectares de posse do município”, explica o vice-prefeito.
Leilane Nunes
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