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Antonio Neto diz que governo não teme operação da PF e denuncia viés político

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Foto: Renato Andrade/ Cidade Verde

O secretário Estadual de Governo, Antônio Neto (PT), afirmou hoje (2) que o governo não tem o que temer com a deflagração da “Operação Aquarela” pela Polícia Federal (PF). Durante entrevista, O secretário denunciou a existência de viés político na ação que resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão em cidades do Piauí e Maranhão. 

“Essa operação tem mais um caráter de factoide, de tentar transformar isso em uma questão política, porque do ponto de vista legal o programa está funcionando normalmente. Essa decisão é muito extemporânea, é muito estranha, vem em um momento pré-eleitoral e que certamente terá uma repercussão”, criticou o secretário. 

Antônio Neto argumentou que a decisão da justiça que permitiu a ação dos policiais foi publicada no dia 12 de agosto e teve como base o relatório com informações do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) que, na época, apontou irregularidades de maneira preliminar no Proaja.

Ele questionou o que teria motivado a operação a ocorrer apenas nesta sexta-feira (02), quase um mês após a publicação da decisão. O secretário também citou que a denúncia motivadora de toda a investigação foi feita pela senadora Eliane Nogueira (Progressistas), mãe do ministro Ciro Nogueira (Progressistas), e disse acreditar na existência de motivação política. 

Atualmente, concorrem ao cargo de governador do Piauí os candidatos Rafael Fonteles (PT), apoiado pela base governista, e Sílvio Mendes (União Brasil), do grupo de Ciro Nogueira. 

“A própria decisão do juiz foi do dia 12 de agosto e a operação só foi realizada 20 dias depois no dia 02 de setembro, com uma proximidade com o período eleitoral. Outra questão é que o desembargador suspendeu a liminar que havia mandado parar o programa, portanto, está funcionando normalmente”, afirmou Antônio Neto. 

Ao responder sobre as irregularidades apontadas pela Polícia Federal, Antônio Neto pontuou que não há ilícito penal que comprove a criminalização ou existência de dano no programa Proaja. 

“São coisas administrativas, situações que são normais, uma situação aqui e outra ali. A concepção do programa permite controlar e cancelar. É feito um teste pela FGV e se ele não passar a empresa ou entidade não receberá o recurso. O programa é claro. Queremos entregar para 150 mil pessoas o acesso a cidadania e não está sendo permitido por uma ação política que está tentando tumultuar o processo”, avaliou. 

O secretário finalizou dizendo que o Governo do Estado está colaborando com as investigações e que aguardará o desfecho da investigação sem qualquer receio.  

“Não temos nada o que temer essa operação. O governo está colaborando com as investigações, todos os órgãos de controle tem acesso as informações. Portanto, vamos aguardar o desenrolar dos acontecimentos”. 

 

Paula Sampaio
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