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Jovem é condenado por esquartejar britânica

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A Justiça de Goiás condenou nesta quinta-feira o brasileiro Mohammed D'Ali dos Santos, 20, pela morte e esquartejamento da adolescente britânica Cara Marie Burke, 17. O crime ocorreu em Goiânia em julho de 2008. Cara, que era da Inglaterra, morava em Goiânia havia alguns meses.

O júri decidiu que Mohammed deve cumprir 21 anos de prisão pelos crimes de homicídio e destruição e ocultação de cadáver. A decisão foi anunciada por volta das 23h pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, após cerca de 14 horas de julgamento.

Segundo o juiz, a pena foi definida considerando que o réu cometeu o crime sob efeito de drogas e levando em conta o fato de ele não possuir antecedentes criminais. Ao ler a sentença, o juiz descartou que Mohammed tenha premeditado o assassinato, como defendia a Promotoria.

A Defesa de Mohammed apresentou laudos técnicos argumentando que ele seria "doente mental". Com isso, os advogados do jovem defenderam uma pena mais branda ao acusado. "Mohammed é doente mental, psicopata e tem transtorno de personalidade social e isso tem de ser levado em conta", disse o advogado de Mohammed, George Hidasi.

Para o Ministério Público, no entanto, para que a tese da defesa seja comprovada, é preciso analisar toda a vida do jovem até o crime. Durante o julgamento, o promotor Milton Marcolino afirmou que ele premeditou matar e esquartejar Cara.

"É preciso diferenciar psicopatia de mau comportamento. Mohammed tinha consciência do crime que estava cometendo", afirmou.

Confissão

Ao júri, Mohammed disse que matou Cara após ela ter lhe pedido dinheiro emprestado --o que o acusado negou. A vítima então teria ameaçado contar à família de Mohammed que ele usava drogas, o que teria motivado o crime.

O acusado voltou a dizer ainda que estava arrependido de ter cometido o crime e que se sentia muito melhor sem drogas.

Julgamento

O julgamento de Mohammed começou por volta das 8h40 desta quinta-feira. Além de Mohammed, o irmão dele, Bruce Lee dos Santos; o policial Cláudio da Silva, que afirmou que Mohammed ofereceu R$ 70 mil para sua equipe no momento da prisão; e a namorada dele, Hellen de Matos Vitória, 19, também foram ouvidos hoje.

O TJ afirmou que nenhum parente da adolescente acompanhou o julgamento.

O caso

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado, Cara e Mohammed eram namorados, e o brasileiro confessou o crime. De acordo com a Polícia Civil, o rapaz matou a garota a facadas em seu apartamento e a esquartejou para facilitar o transporte.

As partes do corpo da adolescente foram jogadas em um córrego da cidade. O IML (Instituto Médico Legal) identificou a garota com base nas impressões digitais.

Fonte: Folha Online

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