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Estrabismo infantil: diagnóstico precoce aumenta chance de cura

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Foto: Freepik

 
 
O estrabismo, conhecido popularmente como “vesguice”, é uma condição caracterizada pelo desalinhamento ocular. Além de problemas na visão, a situação prejudica a aparência dos olhos. Se não tratado desde cedo, além de afetar a autoestima, pode provocar a perda da visão. Por isso, os pais devem ficar atentos aos olhinhos das crianças para identificar quaisquer anormalidades.
 
De acordo com a oftalmologista Carolina Maia, o quadro pode ser causado por vários fatores. “O desalinhamento ocular pode ter várias causas como genética, hereditariedade, neurológica, erros refracionais e alterações dos meios transparentes do olho. Por isso, os pais devem ficar atentos aos sinais da criança ao começarem a ter uma posição viciosa da cabeça, olhar lateral, o fechamento de um dos olhos para fixar a visão e o desvio da posição vertical do olho”, explica a médica. 
 
A especialista ressalta que o estrabismo infantil pode aparecer de várias formas. “Basicamente existem três tipos: convergente (para dentro), divergente (para fora) e vertical para cima ou para baixo”, esclarece Carolina, que pontua que as crianças até os dois anos de vida devem fazer avaliação com o oftalmologista a cada seis meses e depois disso, anualmente, pois quando o estrabismo é descoberto na infância tem mais chances de cura.
 
Após o diagnóstico, o oftalmologista avalia o tipo de estrabismo, intensidade, e idade da criança para que o tratamento seja assertivo. “Dependendo do nível de estrabismo, o tratamento pode ser clínico ou cirúrgico. O clínico consiste em tampão ocular, fisioterapia ocular e uso de óculos. Caso não haja uma boa resposta, pode-se indicar uma cirurgia para correção”, reforça Carolina Maia.
 
Segundo a médica, se o distúrbio não for tratado de forma adequada, pode causar danos à visão. “O risco do não tratamento do estrabismo, dificulta o desenvolvimento neurológico da visão, podendo gerar perda parcial da visão do olho torto. Além disso, o estrabismo pode ser o primeiro sinal de outras doenças mais graves que acontecem na infância, e apesar de raras, podem aparecer; dentre elas: catarata congênita, doenças na retina ou tumores oculares”. Por isso, a especialista enfatiza sobre a importância de os pais manterem um acompanhamento da saúde ocular desde o início da vida das crianças.

 

Da Redação
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