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Edson Melo diz que Silvio Mendes omitiu Bolsonaro em campanha

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Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com

O vereador Edson Melo (PSDB) admitiu nesta segunda-feira (17) que membros da oposição, a exemplo do candidato derrotado Silvio Mendes (União Brasil) e candidatos a deputado, omitiram o presidente Jair Bolsonaro (PL) em suas campanhas. 

Edson Melo avaliou que existe uma preferência evidente do eleitor piauiense pelo candidato Lula (PT), e que por conta da vinculação de campanhas nacionais e estaduais, diversos candidatos adotaram a estratégia de não declarar o voto para o presidente durante o primeiro turno. O temor destes era perder votos ao associarem os próprios nomes ao de Bolsonaro. 

“Cada um tem as suas estratégias. O nome dele [Bolsonaro] foi omitido. O Silvio era candidato por um partido, o União Brasil, não era o partido do presidente, omitiu de fazer campanha para o presidente, como muitos prefeitos preferiram se omitir para não prejudicar a votação de seus deputados […] Todos omitiram, porque havia uma nítida preferência do piauiense pelo candidato Lula, isso é evidente e ninguém vai negar. Isso fez com que ele corresse frouxo, agora, será uma eleição mais livre e a acredito que diferença pró-Lula será bem menor do que no primeiro”, pontuou.  

No Piauí, o petista alcançou 1,5 milhão de votos no estado, o que representa 74,25% do eleitorado. A diferença foi de mais de um milhão de votos para Jair Bolsonaro (PL), que aparece na segunda colocação com 19,90% da preferência do eleitorado piauiense (406 mil).  

Edson Melo vê um ponto de virada no segundo turno. Para o vereador a desmobilização de deputados da base governista e um aumento na abstenção devem favorecer Bolsonaro. No último sábado (15), em visita à Teresina, Bolsonaro revelou esperar ter uma votação de 70 milhões de votos no próximo dia 30. 

“Eu vejo o crescimento de Bolsonaro de duas formas: uma porque a eleição de primeiro turno foi muito vinculada as candidaturas de deputado federal, estadual e até senador e governador. O nome do Bolsonaro foi muito omitido do debate político no primeiro turno. Agora, será diferente. Os deputados estão desmobilizados, que era uma estrutura três vezes maior. Agora, o povo vai votar mais livre. A abstenção no estado também pode aumentar, o que leva muitos a votarem são os deputados”, analisou. 

 

 

Paula Sampaio 
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