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Bolsa aprofunda queda com rebote da inflação antes do Copom e eleição

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Foto: A7 Press/Folhapress

O mercado de ações do Brasil aprofundava sua queda no final da manhã desta quarta-feira (26), a poucos dias do segundo turno das eleições presidenciais, no domingo (30). No câmbio doméstico, o dólar tinha apenas uma ligeira desvalorização frente ao real em um dia de queda da moeda americana no exterior.

Analistas apontam a polarizada disputa entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT) como a principal causa da queda de cerca de 5% da Bolsa de Valores no acumulado desta semana.

Por volta das 12h, o Ibovespa recuava 0,94%, aos 113.546 pontos. O dólar comercial à vista subia 0,07%, cotado a R$ 5,3270. Nos Estados Unidos, o índice S&P 500, parâmetro da Bolsa de Nova York, caía 0,13%. O Dow Jones subia 0,76% e o Nasdaq perdia 0,41%.

Os ataques do ex-deputado Roberto Jefferson contra policiais federais e o impacto que o evento pode trazer para Bolsonaro ainda se refletiam na cautela entre os agentes do mercado.

Há, no entanto, outras preocupações no radar. Entre as quais estão sinais de um rebote da inflação às vésperas da decisão do Copom (comitê de política monetária) do Banco Central do Brasil, que divulgará nesta tarde se a taxa básica de juros (Selic) será mantida em 13,75%, como é amplamente esperado.

Após recuar por dois meses, o IPCA-15 (prévia da inflação oficial) voltou a subir em outubro, informou nesta terça-feira (25) o IBGE. A alta foi de 0,16%.

"O número [da inflação] é baixo, mas veio bem acima das expectativas do mercado, que esperava 0,05%", disse Paulo Henrique Duarte, economista da Valor Investimentos.

Também na terça, mantendo a toada negativa do dia anterior, a Bolsa voltou a descolar do movimento de alta no mercado internacional e fechou em queda, enquanto o dólar subiu a R$ 5,32.

"A terça-feira foi mais um dia de perdas para o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira. Enquanto as eleições se aproximam, trazendo incerteza aos mercados, os investidores seguem de olho nos indicadores econômicos", disse Antonio Sanches, analista de investimentos da Rico.

Já no mercado internacional, as atenções dos investidores se voltam para o balanço de resultados corporativos trimestrais. Nesta terça, "big techs" como Microsoft e Alphabet (controladora do Google), divulgaram seus resultados referentes ao terceiro trimestre.

A Microsoft divulgou nesta terça-feira (25) que teve receita de primeiro trimestre fiscal acima do esperado pelo mercado, puxada pelo segmento de computação em nuvem, que ajudou a amortecer queda nos negócios com computadores pessoais.

A Microsoft teve faturamento de US$ 50,12 bilhões no trimestre, em comparação com US$ 45,32 bilhões um ano antes. Analistas esperavam, em média, US$ 49,61 bilhões, segundo dados da Refinitiv.

Já a Alphabet, controladora do Google, divulgou nesta terça receita trimestral abaixo das estimativas de Wall Street, uma vez que os anunciantes cortaram gastos diante da desaceleração econômica.

 

Fonte: Folhapress Clayton (Castelani e Lucas Bombana) 

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