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Regina prioriza contas do governo e montará equipe da Sasc em dezembro

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Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com 

A governadora Regina Sousa (PT) informou nesta quinta-feira (03) que só vai se dedicar à Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (Sasc) em dezembro. Ela afirma que vai e priorizar o fechamento de contas do Governo do Estado no exercício de 2022 e que montará apenas no final do ano um grupo de trabalho para estudar ações para a pasta, que vai assumir na gestão de Rafael Fonteles (PT). 

“Não vou falar de secretaria, senão deixo de ser governadora. Só vou falar de secretaria no final ano, quando me desenrolar toda, quando fechar as minhas contas de governadora. Aí vou me dedicar uma semana, montar um grupo de trabalho e pensar as coisas que preciso fazer”, disse. 

Apesar de dizer que não falará agora sobre a secretaria para qual foi indicada pelo governador eleito, Regina Sousa adiantou quais ações vai priorizar para a área. A governadora disse que é preciso superar a função assistencialista associada à pasta e pontuou que dará continuidade em ações para dar autossuficiência às comunidades do Piauí.

“Culturalmente, a gente assimilou a assistência àquela coisa paternalista, assistencialista. Temos que trabalhar projetos em conjunto, porque não é uma secretária que vai dar conta. É o trabalho com as comunidades para eles serem autossuficientes”, pontuou. 

A governadora ressaltou que o orçamento para a Sasc já foi desenhado pelo Governo do Estado, tramita no Legislativo, e contém operações de crédito, intermediadas por ela própria, que darão corpo aos projetos feitos para a gestão. 

“Está no orçamento já, eu participei, tem operações de crédito para a secretaria, inclusive, Assistência Social e Saúde, que foram negociadas por mim. Eu sei exatamente o que se passa lá, mas, não posso assumir a posição de secretária, porque ainda sou governadora”, pontuou Regina Sousa. 

Manifestações antidemocráticas 

Regina Sousa também comentou sobre as manifestações feitas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que tem obstruído rodovias no Piauí, em Teresina e Picos. 

“É uma manifestação antidemocrática do pessoal que falava tanto em liberdade e está cerceando a liberdade dos outros. É a contradição entre o discurso e a prática. Nunca vi isso no Brasil. Tenho 72 anos. Pelo menos 50 anos militância política e nunca tinha visto isso, uma pessoa não aceitar o resultado de uma eleição. Passamos um tempão sem ter eleição, mas desde que teve, sem encaramos com normalidade. Qual a motivação para intervenção militar?”, disse. 

Para a governadora, a posição assumida pelos apoiadores prejudica, inclusive, a imagem de Bolsonaro. Ela considerou o movimento como “irracional”. 

“A gente vê que são pessoas fazendo coisas estúpidas. É ruim até para ele mesmo [Bolsonaro]. Pediu para desobstruir. É uma ação irracional de pessoas que não estão agindo em nome do povo. Se toda vez que a gente perder for fazer aquilo? Pelo amor de Deus. Imagina você perder um jogo e pedir para desfazer o resultado do jogo? Dá licença, né?!”, destacou. 

 

 

 

Paula Sampaio 
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