Foto: divulgação PRF-PI
Levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT) revela que a malha rodoviária brasileira piorou em 2022. O estudo, divulgado nesta quarta-feira (09), tem como objetivo colaborar para o desenvolvimento do transporte rodoviário de cargas e de passageiros e leva em consideração 100% das rodovias federais e os principais trechos estaduais.
No Piauí foram analisados 3.473 km de rodovias federais e estaduais e avaliados a situação do pavimento, sinalização, geometria da via, entre outros. Na análise, foram identificados 134 pontos críticos.
Sobre o estado geral das rodovias pesquisadas, 65,8% apresenta algum tipo de problema, sendo considerada regular, ruim ou péssima. Outro dado negativo é relacionado à sinalização: 82,9% da extensão da malha rodoviária da região é considerada regular, ruim ou péssima; 17,1%, ótima ou boa; 18,3% da extensão está sem faixa central e 25,2% não tem faixas laterais.
De acordo com a pesquisa da CNT, em 2022, haverá um consumo desnecessário de 28,4 milhões de litros de diesel devido à má qualidade do pavimento da malha rodoviária no estado. Esse desperdício custará R$ 129,42 milhões aos transportadores.
As condições do pavimento no estado impactam também em um aumento de custo operacional do transporte de 25,4%, o que reflete na competitividade do Brasil e no preço dos produtos. Osi nvestimentos necessários para recuperar as rodovias no Piauí, com ações emergenciais, de restauração e de reconstrução, são estimados R$ 486,20 milhões.
MAIS DADOS DA PESQUISA
Pavimento: 46,7% da extensão da malha rodoviária avaliada do estado apresenta problemas. 53,3% está em condição satisfatória. 0,3% está com o pavimento totalmente destruído.
Sinalização: 82,9% da extensão da malha rodoviária da região é considerada regular, ruim ou péssima. 17,1%, ótima ou boa. 18,3% da extensão está sem faixa central e 25,2% não tem faixas laterais.
Geometria da Via (traçado): 56,8% da extensão da malha rodoviária do estado apresenta algum tipo de problema. 43,2% está ótima ou boa. As pistas simples predominam em 99,0%. Falta acostamento em 38,4% dos trechos avaliados. 60,8% dos trechos com curvas perigosas não tem sinalização.
Graciane Araújo
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